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Menos famílias receberam o auxílio emergencial e o valor médio do benefício pago a essas pessoas foi menor em outubro, no Espírito Santo. A constatação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19 mensal, referente a outubro, divulgada nesta terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, naquele mês cerca de 605 mil domicílios do estado — o que corresponde a 43,8% do total — receberam algum tipo de auxílio monetário do governo relacionado à pandemia. O valor médio foi de R$ 723, o menor registrado desde o início da pesquisa.
Para se ter uma ideia, em setembro, 624 mil famílias foram contempladas com o benefício, uma proporção de 45,1%. Segundo a pesquisa, essas pessoas receberam um valor 14,6% maior setembro, na comparação com outubro.
Entre os benefícios, estão o auxílio emergencial — benefício financeiro concedido pelo governo federal aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, cujo objetivo é dar proteção emergencial a essas pessoas no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do coronavírus — e a complementação do governo federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que permite a redução de salário e jornada por até três meses, e a suspensão de contratos por até dois meses.
O auxílio emergencial começou a ser pago pelo governo federal em abril. Inicialmente, o benefício foi dividido em cinco parcelas de R$ 600 cada — ou R$ 1,2 mil para mães solteiras (chefes de família monoparental). Esse valor foi pago para a maioria dos beneficiários até o mês de agosto.
Com a extensão do auxílio até 31 de dezembro, por meio da Medida Provisória (MP) 1000, o valor das parcelas foi reduzido para R$ 300 e R$ 600,00, para as mães solteiras. O auxílio emergencial extensão será pago em até quatro parcelas.
Empréstimo
A Pnad Covid-19 de outubro constatou ainda que, do total de 1,382 milhão de domicílios no Espírito Santo, em cerca de 93 mil (6,7%) pelo menos um morador solicitou empréstimo. Segundo a pesquisa, em 83,5% (78 mil) dos domicílios onde houve tal solicitação, o pedido foi atendido.
A maior fonte de empréstimo foram os bancos e outras instituições financeiras (76,8%), seguida pelos amigos ou parentes (21,5%).