Na última quarta-feira (28), o Banco Central (BC) anunciou que irá desenvolver a base de dados e a administração para um novo sistema de pagamentos instantâneos no Brasil. De acordo com as informações da instituição, a ideia é substituir as transações com dinheiro em espécie ou por meio de transferências bancárias (TED – Transferência Eletrônica Disponível – e DOC – Documento de Ordem de Crédito) e débitos por transações entre pessoas.
A proposta é que o novo recurso deverá funcionar por 24h, em todos os dias da semana e os pagamentos instantâneos serão feitos em apenas alguns segundos. Com esta novidade, os bancos e as empresas de tecnologia do setor financeiro, conhecidas como fintechs, poderão dar continuidade à definição de seus modelos de negócios para o pagamento instantâneo.
Atualmente, os pagamentos por transferência são feitos por canais bancários e os valores chegam ao destinatário no mesmo dia, mas a transferência precisa ser feita em dias úteis, em horário definido pelos bancos de 6h30 às 17h. Além disso, o custo da ação é definido pelos bancos para cada operação ou tem o valor incluído em um pacote de serviços.
No caso do sistema de pagamentos instantâneos, a expectativa do Banco Central é que haja redução desses custos para os clientes. Segundo o BC, também haverá redução de custos para empresas que recebem as transferências. No caso de um lojista, por exemplo, a redução no número de intermediários vai significar menor custo de aceitação em relação aos demais instrumentos de pagamento.
Como funciona?
O estabelecimento comercial precisará ter somente um código único de identificação para permitir que seus clientes façam a leitura desse código por meio de seus smartphones. Nesse código, estarão contidas todas as informações necessárias para que os recursos sejam transferidos instantaneamente.
Segundo o Banco Central, iniciar um pagamento instantâneo deverá ser tão simples quanto selecionar uma pessoa na lista de contato do telefone celular. Isso porque não haverá a necessidade de inserir informações como número do banco, da agência e da conta e o CPF do recebedor. Serão necessários apenas um smartphone, uma conta em um prestador de serviço de pagamento (PSP) da escolha do consumidor e o aplicativo.
*Com informações da Agência Brasil.