Com a premissa de diversificar sua matriz econômica, o Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo (Bandes) quer oferecer produtos para que empresas de base tecnológica se instalem no Espírito Santo, segundo o presidente da instituição, Munir Abud.
“A ideia é transformar o Estado numa espécie de Vale do Silício. Para isso, vamos ampliar nosso leque de atuação”, ressaltou durante o Encontro Ibef-ES, nesta terça-feira (4), no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória.
Além de Abud, outros representantes de instituições financeiras estiveram reunidos para debater o Espírito Santo e os seus desafios e oportunidades empresariais.
Participaram também José Amarildo Casagrande, presidente do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes); Bento Venturim, presidente do Sistema Sicoob Espírito Santo, e Fernando Cinelli, presidente executivo da Apex Partners. O secretário de Estado da Fazenda, Marcelo Altoé, também esteve presente.
José Amarildo Casagrande apresentou números expressivos do Banestes. “O banco obteve lucro recorde de R$ 182 milhões. Isso tudo por conta do trabalho consistente e equilibrado que desenvolvemos. Atendemos, por meio das linhas de crédito, a todos os públicos. Também somos referência no crédito imobiliário atualmente.”
Fernando Cinelli destacou que o Estado tem uma característica de constituir instituições sólidas.“Pensamos em nos colocar como uma plataforma de investimentos em quatro áreas de negócios, trabalhamos em parceria com os outros bancos e temos a ideia de cobrir os principais setores no Estado. Trabalhar em formato de consórcio, ou seja, junto com outras casas, é uma vontade, pois a gente tem de cooperar entre si.”
Bento Venturim ressaltou que o Sicoob é o maior repassador do Funcafé e que está trabalhando arduamente para alcançar novas e grandes metas. O secretário de Estado da Fazenda, Marcelo Altoé, destacou que o Espírito Santo deverá continuar com a nota A em gestão fiscal.
“O Estado tem fetiche pela nota A e ano que vem devemos manter essa nota. Também conseguimos fazer investimentos históricos em infraestrutura, saúde e educação.”
Agenda Brasil deve passar pelo ajuste fiscal e crescimento econômico
Encerrando o Encontro Ibef-ES 2022, o presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, falou sobre como o Espírito Santo está posicionado frente à indústria nacional.
O destaque de sua fala foi sobre a Coalizão Indústria, que representa 13 setores produtivos e reúne mais de 43% do PIB da área industrial.
Segundo ele, a Agenda Brasil é maximizar a convergência e minimizar a divergência com a retomada do crescimento econômico, ajuste fiscal (reforma da previdência e tributária), recuperação da competitividade sistêmica e abertura comercial x redução do custo Brasil.
O presidente do Ibef-ES, Paulo Wanick, fez um balanço sobre os principais pontos tratados no evento. “Achei incrível saber que mais de 100 empresas de base tecnológica querem investir no nosso Estado. Outro ponto que julgo importante são as linhas de crédito que as instituições bancárias oferecem no Espírito Santo.”