“Economia circular” é um conceito relativamente novo na arena da sustentabilidade. O conceito de Economia Circular surgiu em 1989, em artigo dos economistas e ambientalistas britânicos David W. Pearce e R. Kerry Turner. Entretanto, o conceito somente ganhou escala em 2012, quando a Fundação Ellen MacArthur, publicou o primeiro relatório “Towards the circular economy”.
Uma economia circular é um sistema regenerativo no qual a entrada e o desperdício de recursos, as emissões e o vazamento de energia são minimizados pela desaceleração, fechamento e redução dos ciclos de energia e materiais. A reutilização de materiais e produtos, a redução do uso de recursos (finitos) e a reciclagem de materiais são fundamentais para contribuir para uma economia circular, sendo uma alternativa atraente que busca redefinir a noção de crescimento, com foco em benefícios para toda a sociedade. Isto envolve dissociar a atividade econômica do consumo de recursos finitos, e eliminar resíduos do sistema por princípio. Apoiada por uma transição para fontes de energia renovável, o modelo circular constrói capital econômico, natural e social.
A economia circular baseia-se no ciclo da natureza, no qual nada se perde. O objetivo é reaproveitar todos os recursos que já estão na cadeia produtiva, através do reuso, reparo, remanufatura e a super-reciclagem de modo a obter matérias-primas com qualidade igual ou superior. Para tanto, é necessário que as empresas adotem os princípios da economia circular em seus modelos de negócios e design de produtos.
Uma economia circular é uma ferramenta para reduzir o uso de recursos da sociedade e o impacto ambiental que daí resulta. Por meio de um uso mais eficiente dos recursos dos materiais em cada ciclo, sua vida útil e valor econômico podem aumentar, ao mesmo tempo que diminui a extração de novas matérias-primas e o descarte de resíduos.
A economia mundial é apenas 9,1% circular, deixando uma enorme ‘lacuna de circularidade’. A indústria brasileira já mostrou ser capaz de praticar com sucesso, a reciclagem, logística reversa, economia de baixo carbono, entre outras ações, mas é preciso dar um passo à frente e encarar o desafio atual que é o da Economia Circular.
Por meio do desenvolvimento tecnológico e da inovação para soluções circulares, passos importantes podem ser dados para fortalecer a competitividade. Muitas empresas já veem a possibilidade de reorientar suas operações de acordo com uma economia mais eficiente em recursos, não tóxica, circular e de base biológica. Tudo isso também oferece vantagens no mercado global, onde as empresas podem exportar os produtos e serviços que estão em demanda quando o mundo muda. Isso cria mais empresas, novos empregos e maior bem-estar, ao mesmo tempo que reduz nosso impacto ambiental.
Fontes: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/
https://cebds.org
www.fiesp.com.br
www.fragmaq.com.br
https://www.triodos-im.com/