A cada ano, cerca de 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos são produzidos. Pelo menos um terço desses resíduos, não é gerenciado de maneira ambientalmente segura, com estimativa de que a produção global de resíduos dobrará nos próximos dez anos. Para colocar isso em perspectiva, isso é lixo suficiente para encher mais de 13 milhões de piscinas olímpicas.
Economia Linear: Take – Make – Waste
Isso se deve em grande parte à insustentabilidade da economia linear – ‘Pegar, fazer e desperdiçar’. Os recursos são extraídos da terra e, em seguida, os produtos são fabricados para consumo. O que fica para trás se acumula em um aterro ou é incinerado. A economia linear prioriza a conveniência acima de tudo, adotando uma visão “longe da vista, longe do coração”, sem considerar o custo social e ambiental da produção.
Economia circular: restaurador por natureza
A economia circular elimina o desperdício e a poluição, mantém os produtos e materiais em uso e regenera os sistemas naturais. A Economia Circular ajuda a resolver os desafios econômicos, ambientais e sociais intrínsecos à economia linear tradicional. Os impactos socioeconômicos e ambientais projetados são motivadores e impressionantes.
De acordo com a Ellen MacArthur Foundation, “para cada dólar gasto em alimentos, a sociedade paga dois dólares em custos de saúde, ambientais e econômicos” e metade desses custos (enormes US $5,7 trilhões) estão diretamente relacionados à forma como os alimentos são produzidos. A necessidade de uma transição da economia linear para um modelo circular de produção e consumo no nível governamental e em todos os níveis de negócios é urgente.
Bioeconomia circular: recursos biológicos renováveis
A bioeconomia abrange a produção de recursos biológicos renováveis e a conversão desses recursos e fluxos de resíduos em produtos de valor agregado, como alimentos, rações, produtos de base biológica e bioenergia.
A bioeconomia circular centra-se na valorização sustentável e eficiente dos recursos da biomassa em cadeias de produção multi-output integradas, enquanto usa resíduos que de outra forma seriam descartados como lixo e otimiza o valor da biomassa temporalmente via cascata.
A economia circular não é um conceito novo
Embora a ideia de uma economia circular, exista desde a década de 1970, o conceito não recebeu grande atenção até os últimos anos. Essa mudança foi impulsionada, em última instância, pela percepção de que se as coisas não mudassem, à Terra não poderia sustentar sua própria população – as previsões indicavam que precisaríamos de recursos de três planetas até 2050.
Mesmo com essa tendência positiva indicando um aumento do interesse público na circularidade, especialistas estimam que, 60% das mudanças climáticas poderiam ser resolvidas com uma economia totalmente circular, o mundo atualmente é apenas 9% circular.
Embora cientes do impacto negativo da economia linear, os negócios ainda prosperam com essa metodologia de produção devido ao baixo custo da matéria-prima gerado pela concorrência e menor regulamentação obrigatória e penalidades legais.
Para resolver este problema, a União Europeia (EU) planeja alterações legislativas para apoiar a mudança para modelos circulares e regenerativos. Essas mudanças terão impactos substanciais em alguns países, visto que a transição para a circularidade leva tempo, dinheiro e recursos. No entanto, existem muitos benefícios e oportunidades para fazerem a transição para a circularidade.
Fonte: https://upthink.works/why-reinvent-the-wheel-the-transition-from-the-linear-to-the-circular-economy/ por Mary Cronin | 23 de dezembro de 2020 | Design circular, economia circular, inovação.