Segundo o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o PLANARES, em 2018, o percentual de recuperação de resíduos sólidos recicláveis no Brasil foi de apenas 2,6%.
Ao mesmo tempo, as empresas que colocam embalagens no mercado assinaram um acordo setorial em que se obrigaram a fazer logística reversa de 22% dessas embalagens.
Ou seja, a conta não está fechando.
Logística reversa de embalagens e coleta seletiva, apesar de mundos distintos, dependem umbilicalmente um do outro.
E o elo de ligação entre esses dois mundos são as associações de catadores.
Atualmente, em média, as associações de catadores carecem de profissionalização que lhes proporcione emancipação financeira.
E associações de catadores indo mal, tanto coleta seletiva quanto logística reversa de embalagens vai mal.
A boa notícia é que existem boas iniciativas que buscam endereçar esse problema.
Aqui no Espírito Santo, há a Reverciclo, uma ‘startup’ na área de resíduos sólidos e economia circular, que participa do Hub da Fucape Business School.
A Reverciclo fechou uma parceria com a Associação de Catadores de Ibiraçu, a Ascomçu, para um projeto-piloto naquela cidade.
Será usado um aplicativo de coleta seletiva com agendamento com QR Code e coleta com melhor rota.
Com esse aplicativo a Ascomçu poderá oferecer comodidade, informação precisa e assertiva na coleta seletiva. E, a depender do andamento dos números, também uma retribuição financeira para as residências.
As primeiras residências de Ibiraçu já foram cadastradas, e dia 21/06, das 9:30 às 12:00 hs, haverá um lançamento presencial.
Devemos ficar atentos a esse projeto. Após validado na Ascomçu, os planos da Reverciclo é trazer a solução para a Grande Vitória, e para as demais regiões do estado. Depois disso, lançamento nacional.
Uma solução genuinamente capixaba para um problema que aflige todos os brasileiros.
Fonte: Robson Lacerta da Reverciclo.