GESTÃO DAS PERDAS – O DESAFIO

Segundo J.M. Juran (Quality Management Handbook), antes de melhorar a empresa é preciso estancar, eliminar, e ou reduzir as perdas que ocorrem nos processos da organização.

As crises que vivenciamos desde que o mundo é mundo nos impulsionam a rever e pensar criticamente sobre as perdas e o que chamamos de desperdício.
Para simplificar vamos conceituar 3 tipos de perdas ou desperdício que ocorrem isolada ou simultaneamente:
1.    PERDAS VISÍVEIS – são aquelas perdas que ocorrem diariamente e que podem ser vistas a olho nu: Sobras de materiais, descarte do excesso de produção, produtos com avarias, consumo exagerado de energia, perdas ou vazamentos de água potável, quebras de equipamentos, devoluções de produtos defeituosos pelo cliente, reclamações procedentes dos clientes, entulhos da construção, e vários outros itens que são classificados como perdas facilmente quantificáveis tanto física como também financeiramente.
2.    PERDAS INVISÍVEIS – São todas aquelas perdas que temos alguma dificuldade de mensurar e contabilizar na empresa, como por exemplo: perda da imagem institucional, perda de uma concorrência ou licitação, numero de clientes que desistiram da compra
3.    PERDAS FUTURAS – São aquelas decorrentes de ações de planejamento não realizadas com alta probabilidade de perdas no futuro próximo. Também podemos considerar possíveis perdas com crises por falta de preparação e existência de um plano B ou C.
Para o conjunto de perdas ou desperdícios nas organizações, sejam públicas ou privadas, existem soluções viáveis que podem ser implementadas. As soluções não são tão inéditas: um bom planejamento, uso de técnicas e métodos na filosofia da Qualidade Total/ISO 9001, programas participativos do tipo Círculos de Controle da Qualidade, Projeto 5S, Balanced Scorecard – BSC, Projeto 6sigma, entre vários outros, são fundamentais para estancar perdas que hoje alcançam cifras espantosas.
Perdas na agricultura são estimadas em até 40% do total produzido. 50% da água tratada e distribuída pelas concessionárias é perdida no caminho entre o tratamento e o cliente final. As perdas na indústria são calculadas em percentual, enquanto nos países desenvolvidos as perdas estão na base de 3,4 defeitos por 1 milhão de tentativas (6 sigma). A listagem é imensa e compensa estudos aprofundados. Vamos fazer a nossa parte.

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