Operações financeiras relacionadas ao setor imobiliário vêm ganhando relevância no Brasil. Um exemplo são as operações de Home Equity, também conhecidas como Crédito com Garantia de Imóvel (CGI) ou Refinanciamento. O home equity ganha cada vez mais atenção de bancos e fintechs (start-ups financeiras) diante da necessidade de liquidez de pessoas físicas e jurídicas e, sendo assim, o Banco Central quer reduzir os custos e o tempo com burocracias do mercado imobiliário, como cartório e avaliação de imóveis.
Diante de uma reformulação da área de negócios imobiliários, o mercado de home equity no Brasil soma aproximadamente R$ 11 bilhões e estimativas do Banco Central apontam que as operações podem injetar R$ 500 bilhões na economia. Isso significa quase o dobro da atual carteira de crédito imobiliário do país.
No atual cenário econômico, o home equity representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Com o estímulo da economia liberal do Governo Federal, com juros em queda e destravamento e simplificação dos processos de registro em cartório, além dos incentivos adequados, o volume de home equity poderá chegar a 10% em até 10 anos ou até 20% em 20 anos – número que se aproxima dos R$ 500 bilhões projetados pelo Banco Central.
A modalidade de empréstimo já é bastante conhecida em países da América como México e Chile. No México, o home equity representa cerca de 10% do PIB e, no Chile, 14%. Em economias mais maduras como Austrália (82%), Alemanha (51%) e Japão (33%) os índices são mais robustos que o Brasil e os motivos são óbvios, como a estruturação econômica e o incentivo ao empreendedorismo.
O home equity simplifica a concessão de crédito e estimula o empreendedorismo uma vez que o mercado se liberta da necessidade de financiar o governo e se volta ao apoio ao empreendedor.
Efeito positivo
A simplificação das regras para uso de imóveis como garantia para empréstimos tem efeito positivo sobre o crescimento econômico, simplificando os processos de concessão de registros, para novas companhias emitirem títulos no mercado, e ampliando a oferta de recursos disponíveis para empreendedores investirem em seus negócios.
Inovando em soluções para o mercado imobiliário, a Caixa Econômica Federal reposicionou suas linhas de financiamento para o setor, lançando o “Real Fácil”, operação de crédito para pessoas físicas tendo o imóvel como garantia (linha de home equity).
A modalidade tem como principal vantagem a taxa de juros reduzida em comparação a outras formas de crédito pessoal. Podem ser oferecidos como garantia para o Real Fácil CAIXA, imóveis residenciais ou comerciais e o cliente pode optar pela forma de atualização do empréstimo, que poderá ser pela TR, IPCA ou Taxa Fixa.
O sistema de amortização também fica a critério do cliente, que pode escolher entre Sistema de Amortização Constante – SAC ou Sistema Francês de Amortização – PRICE. Por estar na primeira fase de relançamento da linha de crédito, a Caixa está exigindo que o imóvel utilizado como garantia seja sem ônus.
Outro banco que reformulou a área de negócios imobiliários foi o Santander e advinha qual foi a prioridade? Avançar na oferta de home equity. O empréstimo poderá ser quitado em até 20 anos e o cliente pode financiar 60% do valor do imóvel, para qualquer finalidade. Muitos empresários têm usado o home equity para tomar empréstimo na pessoa física, mas o objetivo é movimentar negócios próprios, uma forma de desburocratizar o acesso ao crédito.
Estímulo ao crédito de longo prazo
A modalidade do home equity ainda está dando os primeiros passos no Brasil se compararmos com seu potencial de crescimento, porém, economistas já perceberam que o mercado imobiliário está estimulando o crédito de longo prazo no país.
Isso dá liquidez aos recursos disponíveis e mostra que o consumidor já está aprendendo a calcular o quanto está gastando com os juros. Atualmente o uso de imóveis como garantia permite que o consumidor acesse crédito com juros de 1% ao mês e prazos de até 20 anos.
O crédito com garantia é naturalmente mais barato porque o risco de inadimplência é menor e aí está uma das características do mercado imobiliário, que é a segurança no investimento. Então, se a operação é mais segura, o risco é menor e a taxa de juros é menor também.
O mercado imobiliário é um setor econômico que possibilita a realização de operações com garantias reais. Pense nisso!
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Vamos juntos ampliando as possibilidades!
Estica o braço que é tudo seu, põe na conta do Abreu!
Thiago Abreu