Durante a pandemia do novo coronavírus, os gastos mensais dos brasileiros tem aumentado. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Offer Wise, divulgada nesta quinta-feira (27), quatro em cada dez brasileiros (42%) notaram aumento nos gastos durante o isolamento social.
Para 68% dos entrevistados, um dos aumentos mais relatados foi nos gastos em supermercado, 49% disseram notar aumento de preços de produtos e serviços e aumento também nos gastos com contas básicas. Dos entrevistados, 47% deles têm passado mais tempo em casa. Os gastos em compra de medicamentos e jogos se manteram estáveis com 48% e 39% respectivamente.
O presidente da CNDL, José César Costa, explica que a mudança na rotina dos brasileiros mudou os hábitos no consumo da população e isso pode ser notado na fatura do fim do mês. “A pandemia pegou todos de surpresa. A rotina teve que se adaptar ao distanciamento seguro, milhões de empresas tiveram que se ajustar ao home office, escolas foram fechadas, assim como comércio e restaurantes. Tudo gerou uma verdadeira transformação no consumo da população. Enquanto as despesas da casa aumentaram, aquelas que eram feitas no comércio e lazer diminuíram”, afirma Costa.
Compras online
A pesquisa aponta que cerca de 82% dos entrevistados fizeram alguma trabalho em abril, maio e junho de forma office, principalmente nos supermercados. No entanto, 47% disseram ter feito compras pela internet. Houve um aumento considerável em compras pelas redes sociais: Whatsapp (11%), Facebook (5%) ou Instagram (5%).
Costa diz que a pandemia corrobora a tendência do aumento das compras online. “A pesquisa confirma a tendência do aumento das compras online que já vinha ocorrendo, mas que foi catalisada pelo isolamento social. Os empresários, que sempre venderam mais em suas lojas físicas, já veem acompanhando essas mudanças e vão se adaptar aos novos hábitos do consumidor”, disse.
Metodologia
A pesquisa entrevistou consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos de todas as classes econômicas e que tinham o interesse em fazer comprar em virtude do Dia dos Pais neste ano.
Os dados foram coletados dos dias 9 a 15 de julho deste ano por meio de pesquisa virtual e pós-ponderada por sexo, idade, estado, renda e escolaridade. No total, foram analisados 1.006 casos no primeiro levantamento.
Logo após, continuaram a responder o questionário 610 casos, somente com os que tinham a intenção de compra. A margem de erro é de 3,1 e 4 pontos percentuais e intervalo de confiança a 95%.
* Com informações do Portal R7