“Por que investir no Espírito Santo?”. Este foi o tema do fórum empresarial #BuyES, que aconteceu na quarta-feira (08), no auditório da sede de um banco em São Paulo. Para responder à pergunta, empresários capixabas compartilharam, para uma plateia de 200 participantes, as trajetórias de sucesso dos negócios no Espírito Santo.
Dentre os presentes, estavam empresários e os principais players da indústria, inovação e do mercado de fundos de investimento da capital paulista. O evento contou com a participação de representantes de segmentos produtivos capixabas, como a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), para apresentar aos investidores paulistas o ambiente de negócios favorável capixaba.
Um dos painéis contou com a presença de três grandes empresários do Espírito Santo: Ada Mota, fundadora da Adcos; Léo de Castro, vice-presidente da Fibrasa; e Renan Chieppe, presidente do Grupo Águia Branca.
A empresária Ada Mota destacou que a localização geográfica do Espírito Santo e os incentivos fiscais faz com que o negócio se torne mais atrativo para os investidores.
“Minha indústria é beneficiada pela proximidade com o Sudeste, Nordeste e Centro-oeste, incentivos fiscais e apoio de financiamento do Bandes. Fico feliz de pagar impostos porque sei que tem uma boa destinação”, afirmou.
Léo de Castro destacou que o brasileiro merece descobrir o Espírito Santo. A sua empresa, a Fibrasa, mesmo não sendo capixaba, escolheu investir no Espírito Santo, atraída pelos investimentos realizados no Estado há quase 50 anos.
“Hoje somos uma das maiores empresas de embalagens plásticas do país. Encontramos, ao longo desses 50 anos, uma boa ambiência para crescer a empresa, por uma relação equilibrada com o poder público e uma boa governança que se estabeleceu no nosso Estado”, disse.
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Castro também é ex-presidente da Findes e destacou a importância do investimento em inovação para o desenvolvimento do Espírito Santo.
“Os incentivos fiscais do Espírito Santo são importantes para a competitividade agora, mas geralmente eles não são perenes. Precisamos ser eternamente competitivos, e o que promove isso é a inovação. Nos livramos da maldição do petróleo ao criar o Fundo Soberano, abrimos mão de parte de um recurso no presente para investir no futuro”, afirmou.
O presidente do Grupo Águia Branca lembrou que a empresa surgiu há mais de 70 anos, com imigrantes italianos, e destacou que a projeção de investimentos continua crescendo.
“Esse ano estamos projetando R$ 12 bilhões em volume de negócios, com propósito de chegar 2025 dobrando a empresa do patamar de 2020, com 18 mil colaboradores até o final do ano. O Espírito Santo continua sendo o berço de todos os nossos negócios. O Brasil tem oportunidades, mas o Espírito Santo é um destaque. Temos estabilidade institucional, políticas de Estado de longo prazo, bons indicadores sociais que nos permitem capturar oportunidades”, ressaltou Renan Chieppe.
Os diferenciais do Espírito Santo
Em um painel mediado pelo sócio e Mananging Director da APX Invest, Pedro Chieppe, o presidente do Bandes, Munir Aburd, o secretário da Fazenda do Estado, Marcelo Altoé, e o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Pessanha, destacaram os diferenciais do Espírito Santo.
Altoé ressaltou que os dados demonstram que o Espírito Santo registrou a maior arrecadação no primeiro quadrimestre em 2022.
“O aumento das receitas tributárias cresce o dobro da inflação e, considerando receitas não tributárias, ficam 30% acima da inflação. Somos o único ente nacional com endividamento negativo. Temos recursos para pagar todas as dívidas e ainda sobra”, destacou o secretário.
Já o secretário de Desenvolvimento Econômico lembrou que o Espírito Santo possui benefícios mais conhecidos, responsáveis por trazer grandes atacadistas e e-commerce.
“O setor logístico está aquecido e temos recebido procura porque torna a alíquota de ICMS efetiva de 1%. Sem responsabilidade fiscal, não podemos conceder benefícios e nós, felizmente, podemos”, disse.
Ele ainda destacou que o Estado tem parceria com os municípios para ajudar a vender. “Os prefeitos estão cada vez mais empenhados na atração de investimentos. Temos um diagnóstico de cada microrregião com dados que facilitam a escolha do local para investir”, afirmou.
O presidente do Bandes ressaltou que o Espirito Santo é um dos poucos estados da Federação com Banco de Desenvolvimento estadual e que a crise fechou os bancos regionais. Ele também destacou a atuação do Fundo Soberano.
“O Fundo Soberano possui algumas diferenças com relação à Noruega e Cingapura. Ele servirá como instrumento de atração de negócios. Esses recursos poderiam ser utilizados com qualquer fim, mas utilizamos para tornar o Estado melhor para as futuras gerações e melhor hoje”, afirmou
Evento contou com participação do governador do ES
Organizado pela Apex Partners, pelo Bandes e pela Rede Vitória, o encontro contou com a presença do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, que apontou que os temas abordados nos painéis durante o evento dão oportunidade de apresentar o Espírito Santo aos empresários interessados em desenvolver parcerias de negócio.
“Falar bem da gente mesmo pode parecer arrogante, mas o Espírito Santo ficou muito tempo acanhado pelos vizinhos. É muito bom que a gente possa divulgar o que conquistamos nos últimos anos. Não somos uma ilha e por isso dependemos do que acontece e o que acontecerá no Brasil. Temos que trabalhar muito para termos um país que encontre seu rumo e possa dar estabilidade à população”, frisou.
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