Há algum tempo, o Espírito Santo já não é mais reconhecido como um pequeno no Sudeste. Hoje, o estado desponta como um modelo a ser seguido no país e aponta para um futuro promissor.
Com estabilidade institucional, um polo tecnológico pujante, um hub logístico de ponta, qualidade de vida e um Fundo Soberano bilionário, o estado tem chamado a atenção de capitalistas nacionais e globais – e projeta receber R$ 100 bilhões em investimentos públicos e privados até 2024.
Com o nome #BuyES, evento exclusivo realizado em São Paulo mostrou a nova cara do Espírito Santo e suas oportunidades para o Brasil. Com o tema “Por que investir no Espírito Santo”, o evento realizado pela Apex Partners e pelo Bandes, em parceria com a Rede Vitória e o Folha Business, contou com a participação do alto empresariado, lideranças públicas do Espírito Santo e gestores de fundos de investimentos interessados em conhecer melhor as oportunidades em terras capixabas.
“Nosso intuito com o #BuyES é mostrar para os convidados do evento o que o Espírito Santo tem de melhor em todas as suas nuances. Queremos colocar o Estado como um dos melhores lugares para viver, com grande potencial econômico e bom capital humano”, reforça Fernando Cinelli, presidente da Apex Partners, organizadora do evento.
Geraldo Vimercati, diretor-executivo da Rede Vitória, frisou o papel do #BuyES para inspirar o desenvolvimento do Espírito Santo.
“Participar deste projeto inovador e extremamente importante está em linha com a missão da Rede Vitória, que é promover conexões de ideias e pessoas que produzem e colaboram para o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado”, afirma Geraldo.
AMBIENTE FISCAL É REFERÊNCIA PARA O PAÍS
No evento foram apresentados diversos indicadores apontando a competitividade do Espírito Santo, um ente federativo que se destaca pela cultura de responsabilidade fiscal, estabilidade institucional, qualidade de vida desfrutadas pela população, entre outros diversos indicadores.
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“O ES reúne todos os principais atributos para um estado ser atrativo: é bom para viver, para trabalhar e para investir”, definiu no evento Felipe Caroni, sócio da Apex, que listou indicadores do estado como Índice de Desenvolvimento Humano, dados econômicos, qualidade de serviços públicos, além de oportunidades em diferentes segmentos.
Os dados fiscais positivos foram destacados pelo Secretário da Fazenda do ES, Marcelo Altoé.
“Somos o único ente nacional com endividamento negativo, isto é, temos recursos para pagar todas as dívidas e ainda sobra– sendo que a tolerância é de 200% positivo. Esse resultado está ligado ao equilíbrio entre receitas e despesas do governo– o resultado primário do ES ficou positivo em R$ 7,3 bilhões entre 2019 e o mês passado”, pontuou Altoé.
Com resultados fiscais positivos, sobra espaço para o Governo Estadual atrair investimentos, que é papel da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do ES, tocada por Ricardo Pessanha.
“Sem responsabilidade fiscal não podemos conceder os incentivos fiscais que concedemos. A soma de boa gestão e segurança jurídica transforma o ES em um porto seguro para as empresas”.
AMBIENTE DE NEGÓCIOS FAVORÁVEL ATRAI INVESTIDORES
O Espírito Santo oferece aos investidores e empreendedores um ambiente de negócios com oportunidades variadas. Em um raio de 1.200 km a partir de sua capital Vitória, encontram-se as gigantescas reservas de petróleo e gás do pré-sal e mais da metade do Produto Interno Bruto do país. Graças à essa localização geográfica privilegiada, é porta de entrada para o interior do país (MG, GO, MT, RJ E SP)
“O ES continua sendo o berço de todos os nossos negócios. O Brasil tem oportunidades, mas o ES é um destaque. Temos estabilidade institucional, políticas de estado de longo prazo, bons indicadores sociais que nos permitem capturar oportunidades melhor que em qualquer lugar”, disse Renan Chieppe, Presidente do Grupo Águia Branca, no #BuyES.
“Somos um estado com população pequena e precisamos de explorar outros mercados. É um lugar ótimo para se estabelecer e a partir daí se projetar para fora”, acrescentou Leonardo de Castro, vice-presidente da Fibrasa, uma das principais indústrias plásticas da América Latina.
Com um ambiente favorável à inovação, o Espírito Santo atualmente possui 500 startups e vem se destacando pela proliferação de hubs, que incubam e aceleram novos negócios e financiam projetos para soluções inovadoras. Dentre os principais cases que nasceram aqui estão o PicPay, WIne, Will Bank e Shipp (atual Americanas Delivery).
FUNDO SOBERANO: RIQUEZA DO PETRÓLEO JORRA NA INOVAÇÃO
Espantando a “maldição do petróleo” com tecnologia. Pensando estrategicamente na diversificação da matriz econômica do Espírito Santo, foi criado um Fundo Soberano (Funses) que é alimentado pelos royalties de petróleo e gás a fim de serem destinados à criação de diferentes fundos de infraestrutura (FIP), alocando recursos na economia real.
Estruturado como Fundo de Investimento em Participação, o Fundo Soberano do ES tem aporte inicial de R$ 250 milhões e aportes anuais na casa das centenas de milhões de reais.
Como estratégia da formação de carteira, o Fundo vai contar com um portfólio diversificado, investindo em setores estratégicos, com foco em inovação no ambiente produtivo. O fundo vai atuar em todos os estágios de fundraising, na jornada da empresa com investimentos de R$ 300 mil até R$ 30 milhões.
É importante destacar que haverá a possibilidade de follow-ons nas empresas que melhor performarem, desde a aceleração até a Série A. As investidas serão realizadas em empresas sediadas no Espírito Santo ou que se comprometam a transferir sua operação para o estado.
O propósito é construir uma reserva que se perpetue eternamente. “O Funses 1 vai investir em empresas de base tecnológica, com 5 anos de investimento e 5 anos de desinvestimento. Vamos rentabilizar esse capital, que vai retornar ao fundo e ser reinvestido, gerando um ciclo virtuoso intergeracional”, afirmou Marcel Malczevsky, CEO da TM3 Capital, que vai gerir o fundo. “O Espírito Santo tem tudo para se tornar similar ao que o Vale do Silício é nos EUA”, encerrou Marcel.
Para o presidente do Bandes, Munir Abud, o Fundo Soberano coloca o ES na vanguarda dos investimentos em capital de risco.
“A disponibilidade de mecanismos inovadores de investimento em empresas de base tecnológica e startups, como no caso do Funses 1, permite o crescimento de um ambiente de negócios promissor no Espírito Santo. A participação do Bandes em todo o processo de confecção do novo Fundo e nas discussões com os demais atores do ecossistema de inovação potencializa o Estado, em um futuro próximo, consolidando a vanguarda de formas de investimento que se enquadram nos conceitos de private equity, venture capital e seed capital, e gerando novas oportunidades de negócios”, frisou Munir.
PARTICIPANTES DO #BUYES
Do Espírito Santo, participaram líderes de grandes grupos, como do Grupo Águia Branca, empresa de transportes que projeta uma receita de R$ 12 bilhões em 2022, da ISH Tecnologia, empresa de cibersegurança que se prepara para um IPO e acaba de levantar R$ 130 milhões em debêntures, e da MedSênior, operadora de saúde aportada pelo Fundo Soberano de Cingapura.
Uma comitiva numerosa de investidores institucionais e grandes empresas nacionais esteve presente para avaliar as oportunidades do Espírito Santo. Dentre eles Vinci Partners, Banco do Nordeste, Kinea Investimentos, Quadra Capital, RCX Group Investimentos, Moody’s, Target Trading, DGF Investimentos, Virtus BR Partners, Fitch Ratings, Alper Seguros, Moat capital, Adam Capital, Dubai International Chamber, Grupo Ambipar, Steam Boat Capital, Hix capital, Signal Capital, TM3 Capital, Perfin Investimentos e Asa Investments.
