Economia

Cadê o dinheiro? Com pagamento digital, comércio fica sem cédulas e moedas para troco

No ano passado, a circulação do Real no Brasil foi a menor desde a criação da moeda em 1994

Foto: Crédito: Pixabay

Cartão, PIX e aplicativos de pagamento estão cada vez mais presentes na vida do brasileiro. Com menos cédulas em circulação, o comércio capixaba tem enfrentado dificuldades para devolver o troco aos clientes que ainda utilizam dinheiro.

A redução da circulação do dinheiro é uma realidade que afeta a rotina de diversos comerciantes. Em um restaurante da Grande Vitória, 60% dos clientes só utilizam cartões ou aplicativos para pagamento. 

A dona do estabelecimento, Rafaela Pelisari Cecato, contou que tem recorrido às redes sociais para conseguir notas para dar o troco aos clientes que ainda paga com dinheiro vivo. 

“Tem sido bem difícil conseguir notas de R$ 2, R$ 5 e moedas. Parece que elas desapareceram. Como nem o banco tem conseguido ajudar a gente, temos apelado para os clientes e amigos. A gente vai lá nas redes sociais e pede. O pessoal geralmente atende”, contou.  

A falta de dinheiro em espécie não se restringe aos pequenos estabelecimentos. Em uma rede de supermercados, o gerente Israel Alves também faz o que pode para conseguir notas e moedas. 

Segundo ele, atualmente, apenas 30% dos clientes pagam em dinheiro. “Já tem um ano e meio que nós estamos enfrentando essa situação”, disse.

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Foto: Reprodução TV Vitória

Dados do Banco Central apontam que, em 2021, houve menos dinheiro em circulação no Brasil. Em 2020, foram R$ 370 bilhões circulando em cédulas e moedas.

No ano passado, o valor caiu para R$ 340 bilhões. Essa foi a primeira redução de moeda corrente em circulação no país desde a criação do plano real em 1994.

Com o avanço da digitalização das transações comerciais, é necessário imprimir menos papel-moeda.

*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV.

Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória
Gabriel Barros

Produtor web

Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.

Graduado em Jornalismo e mestrando em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo. Atua desde 2020 no jornal online Folha Vitória.