Economia

Cadeia de Valor: série mostra a importância da Indústria da Floresta

Além de preservar a mata nativa, a presença de uma indústria florestal responsável descentraliza o desenvolvimento do país, pois menos pessoas saem do campo para procurar novas oportunidades

Plantações de eucalipto estão em 68 dos 78 municípios capixabas Foto: Divulgação

Do berço ao caixão, o ser humano necessita do que a natureza oferece, como madeira, celulose e os demais subprodutos. E vai precisar cada vez mais, com a melhoria de renda das populações em todo mundo. Esse é o tema da série de reportagens que começou a ser exibida pela TV Vitória/Rede Record nesta segunda-feira, no Jornal da TV Vitória. 

Serão cinco matérias, uma exibida em cada dia, que vão mostrar essa cadeia de valor que é gerada em torno da indústria de matéria plantada, a indústria da floresta. Durante as reportagens, será possível conhecer exemplos dos benefícios desse tipo de plantação e o desenvolvimento de uma indústria desse porte.

Além disso, a série também mostrará as oportunidades de emprego que o setor oferece, os cursos especializados nessa área, o conhecimento gerado através de parcerias de estudos realizados com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), além de vários projetos sociais.

O conselheiro da Indústria Brasileira de Árvores (Iba), Wilson Andrade, explica a importância de haver um fornecimento de madeira para atender a demanda do crescimento econômico do país. E é nesse contexto que as florestas produtivas se destacam, já que diminuem a demanda pelas florestas nativas que precisam ser preservadas.  

É aí que a chamada “Indústria da Floresta” exerce um papel importante. Além de preservar a mata nativa, a presença de uma indústria florestal responsável descentraliza o desenvolvimento do país, pois menos pessoas saem do campo para procurar novas oportunidades. Segundo a Organização das Nações Unidas, atualmente mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas. 

No Espírito Santo, 68 dos 78 municípios participam desse processo. O centro de operação industrial do maior complexo industrial para a produção de celulose do país está localizado em Aracruz e abastece quase 30% da demanda mundial. “Além de Aracruz, outras cidades capixabas abrigam mais de mil áreas de operações florestais próprias e de parceiros produtores florestais dos programas de fomento”, contou o gerente geral e industrial da Fibria, Marcelo de Oliveira. 

E há potencial para a Indústria da Floresta no Estado ser ainda maior. De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Gauveas, “a adaptação do eucalipto no Estado é, provavelmente, a melhor do mundo. Temos produtividade em um período muito curto”.

Para ampliar a indústria florestal no Espírito Santo e em todo o país, segundo o conselheiro do Iba, é necessário corrigir alguns pontos. “O principal deles hoje é a dificuldade de aquisição de terras por estrangeiros. É uma legislação confusa, que precisa ser alterada. Há também um problema na área de licenciamento ambiental. A atividade florestal é como plantar batatas ou café: nós plantamos e colhemos. E essa conscientização ainda não está clara”, finalizou Wilson.

Confira: