Washington – A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira legislação para restaurar o poder presidencial para facilitar o comércio. Republicanos e democratas favoráveis à liberalização do comércio passaram uma nova lei de fast track, mecanismo através do qual os legisladores poderão apenas aprovar ou rejeitar um acordo comercial, sem o direito de propor emendas. Uma semana antes, congressistas contrários a essa prerrogativa haviam derrubado medida similar.
A votação de hoje foi vencida pelos favoráveis ao fast track por 218 votos a 208, na segunda tentativa da Câmara de dar ao presidente Barack Obama o poder para submeter acordos ao Congresso para aprová-lo ou vetá-lo, sem emendas.
O curso mais adiante, porém, é incerto. O destino da legislação sobre o fast track está vinculado a uma medida relacionada para auxiliar trabalhadores prejudicados pelo comércio internacional. Muitos senadores democratas favoráveis a um maior comércio dizem que não votarão na lei de fast track sem a evidência de que o programa de ajuda ao trabalhador irá passar nas duas Casas do Legislativo.
Os líderes republicanos na Câmara e no Senado se comprometeram separadamente a aprovar a ampliação na ajuda aos trabalhadores, mas os democratas estão ansiosos sobre o que pode ser conseguido.
Obama pressiona há tempos pelo fast track, instrumento que muitos presidentes já tiveram no passado. Esse poder é visto como necessário para fechar o pacto comercial entre 12 nações entre países da região do Oceano Pacífico e, posteriormente, um acordo com as nações europeias.
As negociações sobre o acordo do Pacífico estão quase concluídas, mas chegaram a certo impasse, porque os parceiros comerciais dos EUA não estão dispostos a fazer suas melhores ofertas, definitivas, até que o Congresso sinalize que não irá impor emendas a qualquer acordo.
O Senado já havia aprovado o fast track. Fonte: Associated Press.