Desde o início do ano, o consumidor capixaba vem se esforçando para economizar energia e impedir um aumento astronômico na conta de luz, reajustada em mais de 23% no mês de janeiro. Mas, além do aumento, a utilização da bandeira vermelha nas taxas cobradas pelas companhias elétricas está minimizando ainda mais a economia dos clientes.
Desde o ano passado, o empresário Geraldo Frisso se preparou para reduzir gastos com luz em sua loja de materiais de construção em Vila Velha: fez reformas para diminuir o uso de lâmpadas, trocou a iluminação por led e conseguiu uma redução de 20%. O reajuste, no entanto, foi superior.
Para tentar absorver o aumento e não perder dinheiro, Frisso radicalizou. “Desligo metade das luzes da loja e uso o ar condicionado só em dias muito quentes. O jeito é economizar”, comenta o empresário, que ainda assim paga em torno de R$ 1 mil por mês de conta de luz.
Segundo a ANEEL, a agência que regula o setor, a conta de luz está mais cara porque a produção da energia também está. Com a falta de água nos reservatórios, a maior parte da energia do país está sendo produzida pelas usina termelétricas que tem custo mais elevado.
Por isso na conta de luz da advogada Verônica Guimarães consta que estamos operando com bandeira vermelha, quando o custo da energia está mais alto. A ordem na casa é economizar. Nada de aparelho ou carregador de celular na tomada, por exemplo. O resultado foi melhor que no mesmo período em 2014: 16% a menos. A frustração veio na conta, quase R$ 100 mais cara.