Um hábito dos brasileiros que era comum há mais de 20 anos retorna ao cotidiano das pessoas. Estocar alimentos na dispensa tem se tornado constante para as famílias capixabas. A ideia é economizar com as compras neste momento de inflação.
Na casa da pedagoga Mabel Azevedo de Castro produtos são armazenados em grande quantidade. Os itens que a família dela mais consome são estocados, principalmente quando estão em promoção. Até os produtos de limpeza são comprados em tamanho maiores, para economizar.
Outra atitude da pedagoga para economizar neste momento de crise é usar a tecnologia. Para comparar os preços dos supermercados da região, ela usa um aplicativo que mostra os encartes de promoções dos estabelecimentos.
Segundo um estudo do instituto de pesquisas do consumidor Kantar Worldpanel, no primeiro trimestre deste ano houve um aumento de 7% em comparação a 2014, no número de alguns produtos em cada compra do brasileiro. Ou seja, os brasileiros estão comprando mais do que o necessário para o consumo mensal. Nas classes D e E esse número chega a 12%.
O problema dessa atitude, segundo o economista José Márcio de Barros é que ao invés de diminuir os preços, esse estoque acaba inflacionando os produtos. “Quanto mais se compra, o supermercado continua lucrando e não vai reduzir os preços, e sim mantê-los”, garantiu o economista.