Economia

Ceia salgada: diferença de preço de produtos natalinos pode chegar até 149% na GV

Os preços das carnes natalinas apresentaram maior impacto com alta média em torno de 8%, um pouco acima da inflação estimada para o ano, em torno de 6,5%

Entre as carnes, o Chester Perdigão desossado teve a maior oscilação de preço entre os estabelecimentos pesquisados, em torno de 30,5% Foto: Divulgação

Os capixabas devem ficar atentos à diferença de preço de produtos natalinos em 2016. Isso porque um grupo de alunos pesquisadores da Faculdade Doctum de Vitória fez uma coleta dos preços de vários produtos tradicionalmente consumidos no período natalino da Grande Vitória e constatou a diferença de até 149% no valor entre o menor e maior preço referente ao mesmo produto.

É o caso das amêndoas sem casca. Enquanto em determinado supermercado o preço coletado foi de R$ 74,90/Kg em outro estabelecimento o mesmo produto sairia por R$ 186,53/Kg, ou seja, 149% mais caro. Cabe ressaltar que a embalagem mais cara desse produto estava sendo comercializada com apenas 150g ao preço de R$ 27,98.  

Entre as carnes, o Chester Perdigão desossado teve a maior oscilação de preço entre os estabelecimentos pesquisados, em torno de 30,5%. Os preços do quilo do produto estão variando entre R$ 25,98 e R$ 33,90. 

A Ave Supreme Sadia teve a menor variação de preço em torno de 15,7%. Os preços do quilo desta ave estão variando entre R$ 12,88 e R$ 14,90. 

Já o tradicional Peru Sadia temperado, apresentou variação de preços em torno de 17,2% entre os estabelecimentos pesquisados. Os preços do quilo do produto estão variando entre R$ 16,98 e R$ 19,90. 

A variação de preço do Panetone Bauducco tradicional de 500g foi de até 27,4%. Em determinado estabelecimento o preço do produto estava R$ 17,98, enquanto o maior preço foi encontrado por R$ 22,90.

Outros produtos pesquisados também tiveram variações expressivas de preços entre os estabelecimentos pesquisados: damasco turco seco (112,7%), nozes sem casca (102,5%), castanha-de-caju (51,5%), avelã sem casca (77,9%), nozes com casca (66,9%). 

Variação de preços em relação a 2016

Os preços das carnes natalinas apresentaram maior impacto com alta média em torno de 8%, um pouco acima da inflação estimada para o ano, em torno de 6,5% (IPCA do IBGE). O preço do quilo do Peru temperado Sadia subiu 6,3%, enquanto o Chester Perdigão desossado registrou alta de 8,7% em relação a pesquisa de dezembro de 2015. A maior alta registrada foi na Ave Supreme Sadia, elevação de 9,7%. O Chester Perdigão tradicional registro alta de 7,3%.

O tradicional Panetone Bauducco de 500 gramas teve o maior aumento médio dentre os produtos pesquisados, ou seja, alta média de 25,2% em seus preços praticados nos estabelecimentos da Grande Vitória.

Em relação às frutas secas típicas de natal, em função da expressiva queda do Dólar frente ao Real em torno de 10% no final de ano (cotação de R$ 3,80 para R$ 3,40), houve recuo de preços nos itens importados. O damasco turco seco apresentou o maior recuo de preço (-23,2%) seguida das amêndoas sem casca (-7,1%), as avelãs sem casca (-5,2%) e as nozes sem casca (-4,2%). 

Na metodologia utilizada a marca, modo de apresentação e procedência não foram considerados para os itens castanha-de-caju, castanha-do-pará, damasco seco, amêndoas, avelãs e nozes.

Cestas de Natal: Dicas para economizar

A equipe do Núcleo de Extensão da Doctum de Vitória calculou e selecionou três opções de cesta natalina, cada uma com dez itens, em função do orçamento compatível das diferentes classes sociais de uma família padrão capixaba (dois adultos e duas crianças).

A Cesta de Natal “OURO” é a mais cara e ficou orçada em R$ 264,78. A carne escolhida foi o Chester Perdigão desossado (3,5 kg) que foi orçado em R$ 100,91. Dois panetones tradicionais de 500 g da marca Bauducco foram orçados em R$ 40,57.

A Cesta de Natal “PRATA” foi orçada em R$ 195,98 e a economia feita é de R$ 68,80 em relação à Cesta de Natal “OURO”, ou seja, 26% mais barata. Nesta cesta o chester desossado foi trocado pelo Peru, o panetone é de marca mais barata e algumas frutas secas foram trocada por frutas tropicais como o pêssego e ameixa.

A Cesta de Natal “BRONZE” foi orçada em R$ 132,73 e a economia feita foi de R$ 132,05 em relação à Cesta de Natal “OURO”, ou seja, sai pela metade do preço. A carne escolhida foi a Ave Supreme (4 kg) que foi orçado em R$ 56,80. Dois panetones tradicionais de 500 g da marca própria foram orçados em R$ 14,98. As frutas secas e castanhas foram substituídas por frutas tropicais (maçã, pêssego, ameixa e melão).

Fonte: Núcleo de Extensão da Doctum de Vitória.