Que o bombom Serenata, queridinho dos capixabas, mudou de embalagem, todo mundo sabe. Mas e o sabor, segue o mesmo? Para o CEO da Nestlé, Marcelo Melchior, que está no Espírito Santo para as Dez Milhas Garoto, o doce só melhorou, ganhando em termos de crocância. Isso porque, a nova embalagem tem vedação hermética, que impede a entrada de umidade.
“É a mesma receita de sempre, a única coisa que mudou foi a embalagem. Antes, raramente achávamos um Serenata crocante, porque a embalagem não vedava o suficiente, a umidade entrava e o bombom ficava murcho. Comam agora para ver: é totalmente crocante e assim será pela vida inteira”, destacou.
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Também à reportagem do Folha Vitória, o diretor da fábrica Garoto no Espírito Santo, Michey Piantavinha, ressaltou que a embalagem anterior do produto não era reciclável, já que utilizava alumínio e plástico.
“A mudança trouxe um tom de sustentabilidade e agora é totalmente possível reciclar. Além disso, não houve mudança nenhuma no sabor, pelo contrário, está mais gostoso”, disse.
Sobre a polêmica de que a mudança do formato “bala”, com as extremidades torcidas, seria uma manobra para redução de alíquota de tributo, no caso o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os gestores negam.
O boato veio após a descrição na embalagem do Serenata ter deixado de incluir “bombom” para incluir “waffer”, que é uma espécie de biscoito. Enquanto sobre os bombons incidiria uma alíquota de 5% de IPI, o waffer zeraria esta tributação.
“Diferente do que falam sobre imposto, mudamos a embalagem porque raramente achávamos um Serenata crocante, justamente porque a embalagem não era hermética, a umidade entrava. Era de fato necessário fazer isso pela qualidade do produto, inclusive para evitar episódios de infestações de insetos”, esclareceu Melchior.
Investimentos de três dígitos
Na véspera da 31ª edição das 10 Milhas Garoto, tradicional competição esportiva que atrai atletas e corredores amadores de todo o país, a empresa recebeu a visita de Marcelo Melchior, CEO da Nestlé, e de Patrício Torres, Vice-presidente de Chocolates da companhia.
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Os dois gestores, acompanhados do diretor da fábrica Garoto no Espírito Santo, Michey Piantavinha, anunciaram investimentos e foco em tecnologia. “A Nestlé investirá R$ 220 milhões na Garoto até o ano que vem, sendo R$ 60 mil apenas neste ano”, disse Melchior.
A empresa capixaba, que teve a gestão assumida pela Nestlé após leilão realizado em 2002, ainda enfrenta imbróglio no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que regula a concorrência. Mas este não é um fator de preocupação para a gerência da multinacional.
“Nós estamos administrando a empresa de forma normal, a Garoto é uma divisão da Nestlé, continuamos fazendo investimentos, consolidando a marca, competindo no mercado, os resultados são espetaculares. Também temos feito muitos investimentos de tecnificação, tecnologia em geral e robôs. Deixo essa parte do Cade com quem sabe resolver o assunto. Nós administramos o negócio como administramos tudo”, disse.
O CEO ressaltou ainda, à reportagem do Folha Vitória, que, mesmo que a situação mude no Cade, “de forma alguma o nome Garoto sairá dos nossos produtos”. Ele diz que o nome tradicional é fator de muito orgulho.