Economia

Cerca de 35% da água distribuída no ES é perdida antes do consumo

Segundo o IBGE, o volume de água distribuída diariamente no estado foi de 844,6 mil metros cúbicos em 2017. No entanto, foram consumidos 549,9 mil

Foto: Divulgação/ Internet

Pouco mais de um terço do volume de água tratada distribuída diariamente no Espírito Santo é perdido entre a distribuição e o consumo. A constatação é da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) 2017, divulgada nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o levantamento, o volume de água distribuída diariamente no estado foi de 844,6 mil metros cúbicos em 2017. No entanto, foram consumidos 549,9 mil metros cúbicos por dia, ou seja, houve uma perda de 34,9% nesse processo. 

Em todo o Brasil, essa perda foi ainda maior. Segundo o IBGE, há três anos eram distribuídos diariamente, no país, 43,6 milhões de metros cúbicos de água tratada, mas o consumo foi de 26,6 milhões, representando uma perda de 38,9%. 

Ainda segundo a pesquisa, do volume total de água tratada distribuída no Espírito Santo, 97% receberam tratamento convencional; 2,4%, tratamento não convencional e 0,6%, simples desinfecção.

O levantamento do IBGE também verificou no estado um consumo diário de 146 litros de água por pessoa. O índice ficou acima da média nacional, de 140 litros por dia, e também da referência da Organização das Nações Unidas (ONU), de 110 litros por dia.

Serviço de abastecimento e esgoto

De acordo com a pesquisa, em 2017, todos os 78 municípios capixabas possuíam serviço de rede geral de abastecimento de água e esgotamento sanitário. No Brasil, esses serviços estavam presentes em 99,6% e 60,3% dos municípios, respectivamente.

Em todo o estado, 22.674 residências — o que corresponde a 2% do total — tiveram isenção ou desconto na cobrança da tarifa de abastecimento de água. Além disso, 10.003 unidades (1,4% do total) obtiveram o benefício na cobrança da coleta de esgoto.

Ainda segundo o IBGE, 76 municípios do Espírito Santo informaram que a executora do serviço fazia captação de água doce. Nesses casos, havia pontos de captação superficial — feita em rios, lagos ou represas por bombeamento ou gravidade — em todos eles. Também houve captação subterrânea, por meio de poços rasos, em 25% dos casos e em poços profundos, em 26,3%.