O consumo de cerveja no Brasil não anda tão bem como espera a indústria por conta da crise econômica. Uma das alternativas que está na mira do setor para reverter a tendência de queda é o segmento das garrafas retornáveis, cujo preço para o consumidor é de 20% a 30% menor e ainda tem um apelo ambiental positivo.
Na rede Extra, por exemplo, a garrafa retornável representa uma fatia de 15% das vendas de todos os tipos de cerveja. Durante o próximo verão e até junho do ano que vem, a rede espera aumentar esta participação em 25%.
Para facilitar a logística de recebimento de garrafas nos pontos de venda a Ambev, maior fabricante de cerveja do país, desenvolveu uma máquina, que o próprio consumidor deposita ali as retornáveis e recebe um ticket informando quantos cascos foram devolvidos e o entrega no caixa, na hora de pagar, descontando o valor da garrafa. As embalagens retornáveis custam entre R$ 0,61 e R$ 1,04, de acordo com a região, e podem ser reutilizadas centenas de vezes.
Levando em conta o reajuste acumulado do preço da cerveja, que nos sete primeiros meses do ano ficou em 3,2%, vale pena ter em casa as garrafas retornáveis e pagar menos pelo líquido.
“A troca desses vasilhames só traz vantagens ao consumidor, pois, como não pagam por uma nova embalagem, podem obter bebidas até 30% mais baratas e ainda ajudam a preservar o meio ambiente”, Simone Veltri, gerente de sustentabilidade da Ambev.
Manter a expansão das vendas em garrafas retornáveis, que triplicou em três anos, é uma das prioridades da Ambev. Em 2014, menos de 10% do volume total de cervejas da Ambev vendido em supermercados era em garrafas de vidro retornáveis. Em 2015, esse índice subiu para 14,4%. Hoje, em algumas praças, esse índice chega a 30%.
Uma das mudanças que contribuíram para o aumento do consumo, foi a criação das minigarrafas retornáveis de 300ml. “São as opções ideias e sustentáveis para os momentos de celebração dos nossos consumidores em casa, mas com o sabor do bar”, avaliou Simone, da Ambev.
Com informações do Portal R7