O custo da Cesta Básica do município de Vitória registrou alta de 3,80% no mês de abril, passando de R$ 415,75 em março de 2017 para os atuais R$ 431,54, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos Escritório Regional do Espírito Santo (DIEESE).
Na avaliação mensal, a alta decorreu das elevações nos preços registradas no tomate (36,81%), na batata (19.37%) e na banana (3,79%). Os produtos que registraram queda nos preços foram o óleo (10,62%), feijão (6,39%) e a farinha de trigo (4,29%). Em abril, não houve registro de preços estáveis.
O valor da Cesta Básica em Vitória representou 50,06% do salário mínimo líquido, contra 48,23% em março de 2017. Segundo o DIEESE, o trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em março deste ano, cumprir uma jornada de 101 horas e 19 minutos para adquirir os bens alimentícios básicos. Veja abaixo, os dados das demais capitais brasileiras pesquisadas:
Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de Porto Alegre (R4 64,19%) e considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deva ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em abril de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.899,66 ou 4,52 vezes mais do que o mínimo líquido atual de R$ 862,04.
Custo da cesta básica sobe em todas as capitais
O custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou nas 27 capitais brasileiras. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (6,17%), Cuiabá (5,51%), Palmas (5,16%), Salvador (4,85%) e Boa Vista (4,71%). As menores elevações foram observadas em Goiânia (0,13%) e São Luís (0,35%).
Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 464,19), seguida por Florianópolis (R$ 453,54), Rio de Janeiro (R$ 448,51) e São Paulo (R$ 446,28). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 333,18) e Aracaju (R$ 363,87).
Em 12 meses, 20 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (10,28%), Fortaleza (9,85%) e Porto Alegre (8,73%). As reduções ocorreram em 7 capitais, com destaque para Belém (-3,49%), Macapá (-3,28%) e Rio Branco (-3,11%).
No primeiro quadrimestre de 2017, 11 capitais acumularam queda, com destaque para Rio Branco (-13,33%), Manaus (-5,34%) e Maceió (-4,32%). Já os aumentos foram registrados nas outras 16, sendo que os mais expressivos ocorreram em Fortaleza (7,33%), Recife (5,97%) e Teresina (4,84%).