A China ordenou que as companhias aéreas domésticas suspendam os recebimentos de aviões da fabricante de aeronaves norte-americana Boeing, à medida que a guerra comercial entre Pequim e Washington se intensifica, informou a agência de notícias Bloomberg nesta terça-feira (15).
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas de até 145% sobre uma grande parte das importações da China. Pequim retaliou impondo suas próprias tarifas de 125% sobre as importações dos EUA.
A China também pediu às companhias aéreas do país que “suspendessem todas as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas americanas”, segundo a Bloomberg. As sobretaxas alfandegárias impostas por Pequim aumentam o custo das aeronaves e peças de reposição fabricadas nos EUA. As companhias aéreas chinesas dificilmente podem arcar com esse custo adicional.
Segundo a Bloomberg, o governo chinês também considera ajudar as companhias aéreas que alugam aviões da Boeing e enfrentam custos mais altos. Donald Trump fez das tarifas a pedra angular de sua política econômica e uma importante ferramenta diplomática para obter concessões de outros países.
O magnata republicano impôs uma tarifa universal de 10%, mas suspendeu tarifas mais altas sobre dezenas de parceiros comerciais por 90 dias, enquanto mantém a pressão sobre a China.
O presidente chinês, Xi Jinping, advertiu que o protecionismo “não levará a lugar algum” e que em uma guerra comercial “não haverá vencedores”.