Criado em 1987, o circuito Caminhos da Sabedoria é um diálogo entre o Budismo e o Cristianismo. Conta com o percurso de 108 km, com início na igreja Matriz de São Marcos, finalizando no Santuário de Nossa Senhora da Saúde, no município de Ibiraçu.
No entorno do caminho fica um dos pontos turísticos mais populares do Espírito Santo, o “Buda Gigante”, que é considerado a segunda maior estátua budista do mundo, localizada no Mosteiro Zen Budista, nas margens da BR 101, Km 217, em Ibiraçu. O mosteiro serve como abrigo para os peregrinos que fazem os Caminhos da Sabedoria.
O local atrai milhares de visitantes que buscam o contato com a natureza, autoconhecimento e paz.
Um dos responsáveis pelo local, o monge Daiju San, que é o Abade do mosteiro, contou parte desta história para a equipe do Agro Business, programa transmitido aos domingos na TV Vitória.
“São 35 anos de atividade, somos o circuito de peregrinação mais antigo do Brasil. É muito bonito, com contato com a natureza, cachoeiras, rios e ainda conta com a ótima receptividade dos agricultores. Tem o diferencial de juntar o Budismo ao Cristianismo”.
O circuito estimula o agroturismo na região, conta com hospedarias, pesque e pague, cachoeiras, lanchonetes e pontos com produtos artesanais. Lilio Lombardi, responsável pela rede de cooperados, explica a importância
“Ele proporciona para nós, pequenos produtores empreendedores, um desenvolvimento, uma repercussão maior, que pode agregar valor para nossos produtos e para os nossos negócios. Esse caminho veio para somar e desenvolver, dando uma oportunidade para o pequeno produtor aqui da região”.
Um dos pontos de parada do percurso é o “Sitio Santos”. De passo em passo, o produtor rural Walter Santos, foi construindo o espaço que hoje é considerado a primeira propriedade a cultivar coco-anão no estado. Há 22 anos ele plantou a primeira muda, e hoje o local conta com mais de 4.200 pés.
“Meus avós nasceram aqui e minha mãe também. O terreno está com a nossa família há mais de 100 anos”, iniciou.
Santos conta que o cultivo de coco-anão é um bom negócio, e, se bem cultivado, produz frutos o ano todo, sendo que o ciclo produtivo pode durar 30 anos
“O coco é uma cultura que não dá muito trabalho, basta ter cuidado e muita irrigação, que exige 100 litros de água por dia. Quem quiser plantar coco e não tiver água, não plante coco” afirma o agricultor.
A agroindústria produz mais de 130 mil garrafas de água de coco por ano. A produção é distribuída entre escolas, mercados, restaurantes e academias da região. Parte do cultivo fica reservada para quem realiza os Caminhos da Sabedoria, conforme os organizadores. Não sobra nada!
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