Após o governo estadual decretar o fechamento do comércio por 15 dias, os comerciantes capixabas tentam renegociar com fornecedores para prorrogar pagamentos e traçam estratégias para lidar com as perdas que a pandemia tem causado.
A rotina do comerciante André Nogueira mudou. Agora, ele passa os dias de confinamento estudando maneiras para tentar amenizar os impactos no próprio negócio. Ele é dono de duas lojas de roupa e teve que dispensar cinco funcionários que estavam em fase de experiência. “Estou negociando a postergação dos vencimentos do próximo mês e aguardamos uma posição final do governo federal sobre a suspensão dos contratos de trabalho”, explicou.
Com as lojas físicas fechadas, as redes sociais viraram uma alternativa para Kaline Caju, dona de uma loja de roupas. As peças são postadas no Instagram e as encomendas também são feitas por lá. Os clientes recebem em casa e, se não gostarem da roupa, podem devolver. “Estávamos na promoção da semana do consumidor com 25% de desconto em toda a loja. Não colocamos nada nas redes sociais sobre o fechamento do estabelecimento”, disse.
Aluguel, impostos, fornecedores e funcionários. A lista de despesas é grande e causa dúvidas no comerciantes sobre o que pagar primeiro. O economista Eduardo Reis afirmou que a crise pode perdurar por mais alguns meses, mas o momento é de serenidade para tomar decisões. “Considero importante ficar atendo as possibilidades de crédito com taxas de juros mais baratas que estão disponíveis no mercado neste momento”, ressaltou.
Com informações da repórter Vanuza Santana, da TV Vitória/Record TV.