Economia

Comércio capixaba se prepara para não ter prejuízo no Natal

No ano passado, as vendas caíram em todo o Espírito Santo e foi considerado o pior Natal para o comércio. Em 2014 as vendas em datas comemorativas também foram baixas

Lojistas esperam crescimento nas vendas de Natal Foto: TV Vitória

Com as vendas fracas desde o último Natal, o comércio capixaba já está se preparando para uma das datas que normalmente fazem as vendas crescerem. O comércio planeja o Natal logo depois do Dia das Crianças exatamente para criar a expectativa de que vai garantir as vendas de fim de ano. Segundo os comerciantes isso é importante principalmente este ano, que não tem sido muito bom.

As vendas estão fracas desde o último Natal, o pior dos últimos dez anos no Espírito Santo. Queda de 28%, ao comparar 2013 com o Natal de 2012, segundo números da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória. No Brasil todo houve crescimento, mas de apenas 2,8%. 

A Federação do Comércio não tem números de 2014, mas empresários do setor dizem que as datas comemorativas este ano, tiveram vendas bem menores do que o esperado. Para a economista Arilda Teixeira, é o resultado da política econômica de incentivo ao crédito, que chegou ao limite.

“A política econômica incentivava o consumo, e esqueceu que para ter consumo tem que ter produção. Como não foi feito investimento para aumentar a produção, houve o excesso de consumo, aumentou o endividamento das famílias e agora está impedindo que essas famílias mantenham o seu ritmo de consumo”, explicou.

Produtos procurados

São árvores de Natal de todos os tamanhos, renas de neon que se mexem, bonecos de Papai Noel e presépios, os artigos mais procurados este ano segundo Leila Nobre, gerente de uma loja especializada em artigos natalinos. Ela afirma que é um ótimo período para as vendas. “O período de Natal é um período que chama a atenção de todas as pessoas”, disse.

Os comerciantes já estudam a decoração da loja, calculam as promoções que terá de fazer, contrata e treina os funcionários temporários. Uma estratégia que se repete, d acordo com a economista Arilda Teixeira. “Do ponto de vista do varejista, isso é uma estratégia de mercado adequada e oportuna para numa tentativa de, naturalmente, aumentar suas vendas”, afirmou.