Embora seja responsável por 50% do produto interno bruto (PIB) do Espírito Santo, o comércio exterior registra números nada animadores nesse primeiro trimestre ao comparar com o mesmo período de 2014. As importações tiveram uma queda de 29%, enquanto as exportações reduziram em 11%.
Com as crises interna e externa e a falta de infraestrutura logística, o setor se viu na necessidade de buscar soluções criativas.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que foram compilados pelo Sindiex, demonstram que o cenário de importação é bastante desfavorável. A justificativa é que o número registrado foi de US$ 924 milhões, ou seja, bem próximo dos números registrados em 2010, considerado pelo setor o pior desempenho dos últimos cinco anos.
No panorama nacional, os números foram ruins também em janeiro e fevereiro, comparados aos dois primeiros meses de 2014. As exportações registraram queda de 19% e as importações tiveram redução de 11%.
O segmento de automóveis é o que mais tem participação entre os importados pelo Espírito Santo (19%). Segundo dados apresentados pelo ministério, enquanto nos três primeiros meses ano passado a arrecadação foi de US$ 235 milhões, no mesmo período deste ano a arrecadação caiu para US$ 179 milhões.
Máquinas e equipamentos, outro importante item da pauta importadora capixaba, também teve uma desaceleração forte, de 52%, assim como equipamentos elétricos, com uma redução de 28%.
Nas exportações, o minério de ferro, carro-chefe das exportações capixabas, sofre sucessivas quedas desde 2010, chegando ao pior desempenho neste ano ao analisar o período de janeiro a fevereiro: US$ 687 milhões. A título de comparação, em anos anteriores, o resultado foi de US$ 804 milhões (de janeiro e fevereiro de 2014), US$ 852 milhões (2013), US$ 899 milhões (2012) e de US$ 1,2 bilhão (2011). Petróleo e celulose também apresentaram desaceleração no período em 2015 em -36% e -23%, respectivamente.
Conforme análise, as exportações de aço e café foram as únicas que registraram crescimento nos dois primeiros meses deste ano: 168% e 49%, respectivamente.