Economia

Como iniciar no mundo dos investimentos?

A falta de conhecimento, a insegurança e falsas ideias são barreiras existentes que impedem as pessoas de iniciar nos investimentos, privando-as de ter um melhor retorno sobre o seu dinheiro e ainda adiando objetivos que poderiam ser alcançados com maior facilidade.

Como começar a investir?

Hoje falaremos um pouco sobre o início no mundo dos investimentos, tema que causa muitas dúvidas nas pessoas que ainda não fazem parte desse universo, gerando insegurança ou a ideia de que é necessário muito dinheiro para se começar a investir, adiando, assim, o início da realização de aplicações financeiras e consequentemente o alcance de objetivos.

Quando falamos de investimentos financeiros a primeira ideia que vem à mente da maioria das pessoas é a bolsa de valores, porém, essa modalidade é uma das muitas formas de investimentos e não necessariamente a melhor forma de iniciar.

Contudo, a verdade é que existem muitos produtos com diferentes características. Por exemplo, os bancos em que temos conta possuem uma série de produtos para investimentos, como poupança, fundos de investimentos, CDBs, entre outros e é comum recebermos dos gerentes das nossas contas ofertas de produtos para realizar aplicações e remunerar melhor nosso dinheiro.

Antes de tudo, é importante que tenhamos conhecimento do que são esses produtos, que tipo de investimentos eles são, a quais regras estão submetidos, suas principais características, seus potenciais de ganhos e, claro, os riscos envolvidos.

Assim, pela característica principal dos investimentos, podemos separá-los em dois grandes grupos, aplicações em renda fixa e em renda variável.

Compõe o grupo dos investimentos em renda fixa aqueles em que já existe uma forma de remuneração predeterminada para ele, como os títulos prefixados em que a taxa de retorno é conhecida no momento da aplicação, ou uma taxa de retorno determinada para compor o retorno final da aplicação, como o Tesouro IPCA em que o retorno é composto de uma taxa fixa mais a variação do IPCA, principal índice de inflação.

Ainda no grupo da renda fixa, existem inúmeras possibilidades de investimentos. Geralmente, temos um grupo de produtos, como: Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letra de Crédito Imobiliário (LCIs), Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Câmbio (LCs), que geralmente seguem a variação da Certificado de Depósito Interbancário, o CDI.

A taxa do CDI acompanha de perto a Taxa SELIC e dizemos que se trata da taxa básica de juros, por impactar grande parte dos investimentos em renda fixa e, indiretamente, da renda variável.

Já os fundos de renda fixa, aplicam em títulos do governo ou em títulos privados como o CDB. Por seu turno, a tradicional poupança tem uma variação pela Taxa Referencial (TR) que, geralmente, é menor que a SELIC.

A principal característica dos investimentos em renda variável é não ter um retorno predeterminado ou uma taxa de retorno predefinida, como na renda fixa, ficando seu retorno condicionado às oscilações dos preços desses ativos no mercado, sendo tais variações decorrentes das expectativas sobre os fundamentos no longo prazo de cada investimento e das notícias no curto prazo.

Cada tipo de investimento possui vantagens e desvantagens, características distintas e riscos inerentes. Conhecer cada um deles nos possibilita um número maior de alternativas conforme estes estão alinhados com o perfil do investidor.

Além dos bancos, que oferecem vários tipos de investimentos, existem também as corretoras de valores que oferecem produtos e possibilidades de investimentos semelhantes, porém, com custos, em regra, menores que dos bancos.

Atualmente não é difícil encontrar corretoras de investimentos que não tem custo de abertura de contas, nem taxas de corretagem e custódia dos investimentos em que é possível realizar aplicações com cem reais.

Para acabar com a ideia de que é preciso ter muito dinheiro para investir, hoje é possível aplicar em títulos do Tesouro Direto com no mínimo R$ 30,00 de forma simples e segura através do seu banco ou corretora, que como mencionado em alguns casos não possuem custo para realização desses investimentos.

Então, busque entender melhor as características e riscos das opções de investimentos, escolha por onde irá realizar as aplicações, se pelo banco ou corretora, defina aonde alocar seu dinheiro, comece pequeno e bons investimentos!

 

 

Pedro Simmer é Administrador, Mestre em Gestão Pública pela UFES, especialista em Finanças, Servidor Público Estadual atuando nas áreas de Planejamento, Orçamento e Gestão e Professor de Planejamento Estratégico e Finanças.

Tiago Roque é Economista, especialista em Finanças e Controladoria, com certificação CPA-20, Diretor de Investimentos da Fundação de Previdência Complementar do Estado do Espírito Santo – PREVES, Servidor do Tesouro Estadual.