Aluguel em 2024 subiu acima da inflação

Alex Pandini
Os preços dos aluguéis tiveram reajustes bem acima da inflação em 2024 no Brasil. É o que aponta o indicador Fipe Zap, principal termômetro dos valores praticados no mercado imobiliário nacional. Na última terça-feira, foi divulgada a pesquisa do 1º semestre do ano. O Fipe Zap mediu as oscilações de mercado em 36 das principais cidades do país .No geral, o índice chegou a 9,23%, ou seja, um percentual mais de três vezes superior à inflação do período, que fechou o 1º semestre de 2024 em 2,87%, medida pelo IPCA.

VITÓRIA

Em Vitória, no acumulado de janeiro a julho, o aumento médio no preço do aluguel foi de mais de 8,12%, para uma inflação de 2,39%. A capital capixaba é a décima com valor mais elevado do aluguel entre as 36 cidades pesquisadas. No Espírito Santo, de acordo com os dados mais recentes do IBGE, referentes ao Censo de 2022, 312 mil domicílios são alugados, o que equivale a aproximadamente 900 mil pessoas morando de aluguel. 

EQUILÍBRIO

Segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi/ES), os novos contratos buscam equilibrar a defasagem que vem desde a pandemia e foi acentuada com o IGPM negativo. A Ademi ressalta que a pandemia levou à necessidade de redução dos preços praticados nos contratos de locação a partir de 2022, e de lá para cá essa defasagem não foi corrigida porque em 2023 e no início de 2024 o IGPM, que é o principal indexador para os reajustes de contratos em vigor, apresentou variações negativas.

Charles Bittencourt, diretor de Locação da Ademi/ES. Foto divulgação.

“Houve uma questão social na pandemia, e depois da redução dos aluguéis da queda no IGPM, o mercado busca equilibrar essa balança nos novos contratos. Mas, além disso, é importante dizer que há uma pressão de demanda, fazendo com que os imóveis sigam se valorizando, o que ocasiona a elevação do aluguel”, analisa Charles Bitencourt, diretor de locação da Ademi/ES.
O diretor também diz que esse percentual é uma média, tirada a partir das capitais e cidades maiores, onde está em geral a população com maior poder aquisitivo, mas que o índice tende a se reduzir dependendo da localização, variando do interior para as metrópoles e, mesmo dentro de uma mesma cidade, com variação para mais ou para menos dependendo do bairro em que esteja localizado.
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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.