O déficit habitacional é um dos graves problemas sociais no Brasil. Na verdade, a questão da moradia é uma das mais destacadas. Afinal, apesar constar como uma na Constituição Federal, não é realidade para muitos brasileiros.

Milhões de brasileiros não possuem uma moradia adequada. E esse déficit habitacional no Brasil cresce a cada ano. No entanto, em 2022, havia quase 12 milhões de domicílios vazios. Ou seja, o dobro da quantidade observada em 2010. Bem como o dobro do déficit habitacional mais recente,  segundo dados do Censo Demográfico e da Fundação João Pinheiro.

Déficit habitacional

O déficit habitacional é o número de famílias sem moradia ou que vivem em condições de moradia precárias. Bem como os domicílios em coabitação e com elevado custo de aluguel.

A última pesquisa da Fundação João Pinheiro aponta que o Brasil tinha um déficit habitacional de 5,876 milhões de moradias em 2019. Porém, esses dados são anteriores à pandemia, período em houve aumento significativo de pessoas despejadas. Nesse contexto, levantamento da Campanha Despejo Zero mostra que, entre agosto de 2020 e maio de 2022,  aumentou em 393% o número de famílias despejadas no Brasil.

Espírito Santo

No Espírito Santo há déficit habitacional de mais de 100 mil moradias, segundo dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). Já no início deste ano, o diretor de Economia e Estatística, do Sinduscon-ES (Sindicato da Indústria da Construção Civil), Eduardo Borges, enumerou as melhorias necessárias na esfera pública, para minimizar o problema.

“É preciso haver maior investimento em infraestrutura de saneamento, alinhada aos locais do desenvolvimento imobiliário. Bem como destinação de recursos como crédito à produção habitacional”, relata.

Borges exemplifica qual poderia ser a origem desses recursos. “Por parte das receitas provenientes da exploração dos recursos de petróleo e gás natural no Espírito Santo. A exemplo do que foi feito para o Fundo Soberano e o Fundos de Obras e Infraestrutura.”

Construção  é +

O grupo Construção  é + inclui representantes de 14 entidades da cadeia produtiva do setor da construção. Nesta sexta-feira (04/09), se reuniu em São Paulo para tratar de uma agenda comum de combate ao déficit habitacional brasileiro. Da mesma forma, o grupo inclui na pauta, medidas para promover a industrialização no setor e discutir a reforma tributária.

Integram o Construção é +:

• Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
• Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto – ABCIC
• Associação Brasileira das Indústrias de Vidro – ABIVIDRO
• Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP
• Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – ABRAFATI
• Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias – ABRAINC
• Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção – ABRAMAT
• Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos – ABRAVIDRO
• Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio – AFEAL
• Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção – ANAMACO
• Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos – ANFACER
• Associação Nacional da Indústria Cerâmica – ANICER
• Associação Brasileira do Drywall – DRYWALL
• Secovi-SP