Imobiliárias digitais ofertam locação de salas e consultórios médicos

Alex Pandini

Foto divulgação: Kanno Arquitetura.

O mercado imobiliário é de caraterística exigente, complexa e para o qual existe a necessidade permanente de conhecimento técnico e aperfeiçoamento frequente. Talvez a raiz de toda essa exigência e complexidade resida no fato de que a mola mestra que faz esse mecanismo funcionar parte de uma decisão que possui muito de subjetividade.  Portanto, no mercado atual a tecnologia de ponta é fundamental para que a corretagem seja mais assertiva no que diz respeito a algo tão caro (no sentido figurativo e literal) ao consumidor.

 

A inovação no setor imobiliário, com objetivo de “tocar o coração” do consumidor sempre foi uma das características mais marcantes, desde as maquetes, os panfletos e guias com ilustrações 3D, até o momento atual, com os softwares usados em engenharia e arquitetura e a internet e seus avanços digitais, com cenários virtuais ofertando uma experiência de imersão muitas vezes próxima da realidade.

 

START UPS

Nesse cenário, o mercado de locação de salas e consultórios está experimentando uma novidade. São as start ups chamadas “imobiliárias digitais”. Todo o processo é realizado inteiramente via web, da reserva ao pagamento, semelhante ao fenômeno mundial AirBnB, ao Booking ou às grandes imobiliárias digitais, como a Quinto Andar. O cliente pode optar por locar por hora, por um período determinado ou por dia. 

 

Conceitualmente, uma imobiliária digital é aquela estruturada em um espaço virtual e com recursos tecnológicos, com plataforma 100% responsiva, e que de fato consegue impactar no mercado físico. Para isso, é necessário entender que o fluxo do negócio, o perfil e os hábitos dos consumidores, a maneira de divulgar um produto, serviço e também estar presente de forma efetiva na vida do cliente.

EXEMPLO MINEIRO

A Pocket Clinic, do portfólio da FHE Ventures, é uma plataforma que promove o encontro de quem precisa de um espaço para atendimento com proprietários de consultórios disponíveis.

 

Criada em Uberlândia, Minas Gerais, a Pocket Clinic iniciou as operações no fim de 2022. Seu propósito é conectar profissionais da saúde em busca de consultórios e salas completas, prontas para atendimento e disponíveis para locações de curta duração com os donos desses espaços. A startup já conta com 190 clientes e, por meio da parceria com a FHE Ventures, espera chegar aos 300 nos próximos meses. 

 

“Nossa plataforma surgiu para trazer conveniência e flexibilidade às diversas profissões relacionadas à saúde que necessitam de um consultório ou espaço especializado para atuação. O setor mudou, novas formas de trabalhar e fazer negócios surgiram e nós estamos juntos nessa missão de gerar mais lucratividade, sustentabilidade e estimular os profissionais da área a trabalharem de acordo com a realidade atual, sem custos fixos e sem surpresas no fim do mês”, compartilha o CEO da Pocket Clinic, Lucas Algodoal. 

 

O empreendimento nasceu da inspiração do seu fundador Lucas Algodoal, cirurgião dentista e atual CEO, com o apoio de Rafael Sanzio, co-fundador, publicitário e atual COO. A plataforma on-line foi pautada no conceito de UX (experiência do usuário) aplicado aos profissionais da área da saúde para atender as necessidades desse público.

 

O CEO da FHE Ventures, Rafael Kenji, afirma que o objetivo da parceria é tornar a gestão da Pocket Clinic mais eficiente. “Pretendemos realizar pequenas melhorias na plataforma, criar posicionamento no mercado, expandir para outras cidades, desenvolver melhores práticas comerciais, metas, análises de KPIs e encontrar o formato ideal para o marketing e a comunicação”, destaca.

 

 

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.