Mãos à obra! Construção Civil impulsiona geração de empregos no país e no ES

Alex Pandini

Número de trabalhadores com carteira assinada na Construção em julho/23 é o maior desde setembro de 2015. Setor representou quase 20% dos empregos gerados no país.

 

 

Mesmo diante das dificuldades de um cenário caracterizado por juros elevados, o mercado de trabalho da Construção segue resistente. Conforme os dados do novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, o setor gerou, em julho, 25.423 novas vagas com carteira assinada. Em Vitória, foram 1.399. O Espírito Santo, no geral, foi o 9º estado do ranking onde o setor de Construção mais gerou empregos no país.

 

Foi o sétimo mês consecutivo em que a Construção apresentou saldo positivo na geração de vagas. Em julho/23 foram registradas 198.957 admissões e 173.534 demissões, o que resultou no saldo positivo descrito acima. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor, em julho, foi de 2,615 milhões, o maior registrado desde setembro de 2015 (2,641 milhões), considerando as séries do Caged e do novo Caged. Aqui no Espírito Santo, no 1º semestre do ano, foram gerados 7.031 empregos com carteira assinada.

 

Recorde

Importante destacar que, apesar da Construção ser responsável por 6% do total de trabalhadores formais no País, em julho ela respondeu por 17,82% dos novos empregos criados (142.702 novas vagas no geral). Isso demonstra, mais uma vez, a importância do setor para a economia nacional. Todos os três segmentos da Construção apresentaram resultados positivos no mês de julho. A construção de edifícios gerou 8.119 novos empregos, o segmento de infraestrutura apresentou 7.279 novas vagas e os serviços especializados da construção (demolição e preparação do terreno, instalações elétricas, hidráulicas e obras de acabamento) geraram 10.025 novas vagas.

 

Média semestral é inferior a 2022

Apesar dos sucessivos resultados positivos, o número de novos empregos gerados pela Construção, de janeiro a julho/23 (194.471) foi inferior ao observado em igual período de 2022 (217.580). Ajudam a justificar esse resultado a demora das novas condições do programa Minha Casa, Minha Vida, as altas taxas de juros e as incertezas do início do ano. Conforme a pesquisa de Indicadores Imobiliários, realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o número de lançamentos imobiliários no 1º semestre/23 em relação a igual período do ano 2022 sofreu redução de 19,1%.

 

Viés de alta

A menor performance foi do segmento de construção de edifícios. Enquanto de janeiro a julho de 2022 0 segmento foi
responsável por 99.526 novas vagas, no primeiro semestre deste ano o número foi 69.240, num patamar 30,43% inferior. Mas é importante ressaltar que o número de trabalhadores no segmento continua crescendo, pois os saldos seguem positivos. Uma comparação que permite perceber esse crescimento é o último mês avaliado pelo Caged (julho). Em 2022, eram 958.258 trabalhadores com carteira assinada. Em julho de 2023 esse número foi 5,6% maior (1.011.966 trabalhadores).

 

(Com informações da última pesquisa Caged/IBGE e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil – CBIC)

 

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Alex Pandini

Alex Pandini é jornalista, tem 53 anos e mais de 3 décadas de experiência profissional em rádio, jornal, TV, assessoria de imprensa, publicidade e propaganda e marketing político. Além de repórter e apresentador na TV Vitória, é responsável pelo conteúdo da plataforma ConstróiES.