Saiba o que vai mudar no financiamento imobiliário a partir de novembro
A Caixa publicou oficialmente novas condições para o financiamento imobiliário, as novas regras começam a valer a partir de 31 de outubro. Algumas das mudanças envolve redução do percentual máximo de financiamento, que passou a ser:
•Sistema SAC: redução do limite de financiamento de até 80% para até 70%;
•Sistema PRICE: a redução é ainda mais drástica, com o percentual máximo caindo para 50%.
Além disso, houve a limitação do valor do imóvel aceito como garantia para até R$ 1,5 milhão, considerando o valor avaliado do bem, e não o financiamento. Outra mudança relevante é a suspensão de novos financiamentos para clientes com financiamento ativo, o que pode afetar aqueles que buscam ampliar ou diversificar seus investimentos imobiliários.
Um ponto positivo é que as operações já aprovadas antes dessas mudanças podem ser contratadas até 31 desse mês, preservando as condições anteriores, o que exige uma movimentação rápida do mercado para garantir o fechamento desses contratos.
No entanto, é importante observar que essas alterações não afetam empreendimentos financiados diretamente com recursos da CAIXA, como o Programa Empresário da Construção (PEC), Apoio à Produção ou Alocação de Recursos, que continuam seguindo as mesmas regras acordadas previamente.
Ricardo Gava, executivo da Gava Crédito Imobiliário e diretor do Secovi-ES, explica que o recente movimento da Caixa não é inédito e já ocorreu no passado, sempre motivado pelo mesmo fator.
“Esse ajuste é resultado do déficit de recursos na poupança, já que, com o aumento da Selic, muitos investidores têm retirado suas economias e migrado para aplicações mais rentáveis, como o próprio mercado imobiliário, que tem apresentado excelentes resultados tanto para quem compra para morar quanto para alugar. Com mais saques e menos depósitos, a Caixa precisou ajustar suas condições. Esse é um tema importante que precisa ser amplamente discutido no Brasil, onde o crédito imobiliário ainda depende dos recursos da poupança. É fundamental repensar a estrutura do crédito imobiliário, adicionando novas formas de captação para que esse desafio se transforme em um avanço para o setor, e não em um problema recorrente”, explicou Ricardo.
O executivo também destacou a importância de buscar assessoria especializada para identificar as melhores opções de financiamento. “As condições para imóveis novos, cuja obra foi financiada pela CAIXA, se mantiveram inalteradas, com a possibilidade de financiar até 90% do valor do bem. Para esses empreendimentos, nada mudou; as condições permanecem muito atrativas. Já para imóveis usados, é importante estar atento a outras instituições financeiras que continuam oferecendo a opção de financiar até 90% do valor, com prazos de até 420 meses. Contar com uma orientação especializada é essencial para acessar essas oportunidades de forma eficiente.”