Em 1970, de acordo com o IBGE, o Espírito Santo possuía aproximadamente 1 milhão e 600 mil habitantes. Menos de 10% residiam em Vitória, e apenas 17 mil na Serra. O crescimento acelerado da Região Metropolitana, verificado a partir da instalação das grandes plantas industriais e que se intensificou em meados dos anos 90 movido pela cadeia do petróleo e gás, mudou completamente o cenário. Atualmente, o estado possui cerca de 4 milhões e 100 mil habitantes, sendo que metade fica na Região Metropolitana e mais de 85% da população capixaba mora em áreas urbanas.
E o crescimento das cidades não dá nenhum sinal de redução, ao menos a curto e médio prazos. Com uma gestão pública equilibrada, o Espírito Santo abriu condições de competir na atração de novos investimentos, com a injeção de recursos públicos no fomento à atividade econômica, em especial na promoção do Turismo e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Pensar em conjunto
A tendência é manter a demanda crescente por moradias, o que pode causar impactos na Região Metropolitana. Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo, Douglas Vaz, a realidade exige que autoridades públicas e empresariais ligadas aos setores de infraestrutura, transporte e construção civil pensem alternativas para dotar os municípios de condições para lidar com o crescimento. “Vamos presenciar uma demanda crescente por moradias nos próximos anos, principalmente no Litoral Norte e no Litoral Sul do Espírito Santo. O empreendedor vai precisar ocupar novas áreas. Precisamos nos antecipar a esse movimento de forma a contribuir para um crescimento ordenado, que tenha garantia de oferta de água, tratamento de esgoto, energia, saúde e educação, com equilíbrio ambiental”, disse Vaz, na ocasião de sua posse para a gestão 2005/2008 frente ao Sinduscon.
Propostas
A proposta de uma governança metropolitana não é nova, mas segue na gaveta sem que se dê conta da sua importância. Douglas Vaz defende a retomada da discussão, e apresentou propostas de padronização dos códigos de obras e de criação de um Plano Diretor Municipal (PDM) unificado para os municípios que compõem a região.
Na opinião dele, os próximos anos serão um novo marco no desenvolvimento da infraestrutura logística do Espírito Santo, com a construção de rodovias, ferrovias, portos e armazéns, o que vai exigir clareza no planejamento e execução de obras de infraestrutura viária. “A mobilidade urbana segue nos desafiando. Vamos pensar juntos alternativas viárias mais eficientes e seguras para pedestres, ciclistas e motoristas”, sugeriu.