Economia

Consumidores não percebem queda no preço do gás de cozinha na Grande Vitória

A explicação para o preço da botija de gás não ter caído, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Gás, se deve a um reajuste salarial da categoria

Foto: Reprodução TV Vitória

A Petrobras havia anunciado, ainda no dia 12 deste mês, uma baixa de 4,7% no preço do gás de cozinha (GLP). Com isso, o valor médio às distribuidoras caiu, desde o dia 13, de R$ 4,23 para R$ 4,03 por quilo. Apesar dos R$ 0,20 a menos, o preço para o consumidor final não diminuiu.

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Segundo apuração da TV Vitória/RecordTV, que esteve em diversas distribuidoras nesta quarta-feira (21), a explicação de o preço da botija não ter diminuido, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Gás, se deve a um reajuste salarial da categoria, que acontece todo ano, no mês de setembro.

Assim, houve um aumento de R$ 5,00 no preço da botija. De acordo com o Sindigás, a diminuição nas refinarias previa uma queda de apenas R$ 2,00. Ou seja, ainda assim, restou um aumento de R$ 3,00 para o consumidor final.

Confira os preços da botija de gás encontrados pela reportagem da TV Vitória:

Vitória: das três distribuidoras procuradas, duas estão vendendo a botija de 13 quilos pelo mesmo valor. Apenas uma empresa diminuiu o preço. A média de valor é de R$ 120;
Vila Velha: todas as três distribuidoras contatadas informaram que mantiveram o mesmo preço cobrado anteriormente. A botija de gás no município está sendo comercializada, em média, por R$ 110;
Cariacica: apenas uma das três distribuidoras consultadas baixou o preço do gás. O valor médio da botija está em R$ 110.
Serra: houve até uma distribuidora que subiu o preço da botija; enquanto isso, outras duas mantiveram o mesmo valor. O gás para os serranos está custando um pouco menos, uma média de R$ 100.

No dia 13 de setembro, quando deveria ter sido feito o início da redução nas distribuidoras, os valores encontrados pelo Folha Vitória ficaram entre R$ 95 e R$ 129, variando em cada estabelecimento a depender da forma de pagamento.

À ocasião, Sérgio Bandeira de Mello, presidente do Sindigás, afirmou que os preços do GLP são livres em todos os elos da cadeia. “Apesar disso, a redução dos preços da Petrobras podem ter um impacto sobre os custos das Distribuidoras e das revendas, podendo-se esperar que as pressões competitivas façam com que algum movimento alcance os consumidores”, disse.

Segunda redução consecutiva

É a segunda redução consecutiva no preço do GLP. Em abril deste ano, houve uma queda de R$ 0,25 no valor do quilo. Antes, no entanto, os preços mantinham trajetória de alta. Em julho do ano passado, houve aumento de 6%; em outubro de 7,2% e em março deste ano de 16,1%.