O mês de abril mal começou e junto com ele chegou a bandeira tarifária vermelha na conta de energia elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (04) que a tendência é de que a bandeira siga vermelha até o mês de novembro.
Com a vigência da bandeira vermelha, a cada 100 kWh de energia consumidos, é cobrada uma taxa de R$ 3. Toda vez que ela entra em vigor, o consumidor já sabe que deve aumentar os cuidados, eliminando o desperdício de energia elétrica.
O mecanismo das bandeiras tarifárias é simples, a começar pelas cores que representam cada uma delas: verde, amarela ou vermelha. Elas indicam se a energia vai custar mais ou menos, dependendo das condições de geração de eletricidade.
“Quando nós temos uma geração hidráulica suficiente para abastecer uma quantidade de consumo muito grande, nós temos uma tarifa mais baixa. Quando essa condição hidráulica reduz, temos que acionar as usinas térmicas que tem um custo de geração mais alto. Quando essa variação de custo de geração sobe, a tarifa fica defasada, então o governo compensa com um valor adicional que chamamos de bandeiras tarifárias”, explicou Eduardo Altoé, consultor em engenharia elétrica do Crea-ES.
Thamires Maia Lima é gestora de administrativo de um mercado de frutas no município da Serra e a conscientização dos funcionários e a mudança na rotina de trabalho já começaram.
“Nós começamos com o ar condicionado, com os monitores, e começamos a ver que não precisava ficar com as cinco câmaras de refrigeração ligadas, passamos a ligar duas ou três e funcionou muito bem. A conta de energia elétrica chegou a R$ 19 mil. Hoje pagamos R$ 9 mil, tem mês que é R$ 5 mil. A redução foi excelente”, afirmou.
Independente da cor, o consumo deve ser constantemente cauteloso. É que existem alguns vilões nessa história, como o chuveiro elétrico, por exemplo. Mesmo assim, nem é preciso abrir mão dele para conseguir poupar energia e os gastos com o pagamento pelo uso dela.
“O ideal é que todos conheçam o mínimo necessário do consumo de cada equipamento de dentro de casa e que faça as suas contas e é importante acompanhar o consumo no relógio”, disse Eduardo.