Com o aquecimento do mercado imobiliário, a procura pelo trabalho de corretor de imóveis cresce a cada dia. A profissão, regulamentada no Brasil por Lei Federal (4.116, de 1962), completa, 52 anos, nesta quarta-feira, dia 27 de agosto.
Segundo Aurélio Dalapículla, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Espírito Santo (Creci-ES), hoje o Estado conta aproximadamente com cinco mil profissionais legalizados e ativos, o que representa um aumento de cerca de 300% no número de novos trabalhadores no setor imobiliário capixaba nos últimos cinco anos. E esse é um setor que a cada dia exige mais qualificação de seus profissionais. Para exercer a função de corretor de imóveis é preciso ter título de Técnico em Transações Imobiliárias e se inscrever no Creci de seu Estado. Somente corretores inscritos e registrados podem exercer a atividade.
Para Francis Rocha, diretor-geral da imobiliária Francisco Rocha Imóveis (FRI), a imagem do corretor de imóveis não é mais a de um vendedor. Isso ficou no passado, segundo ele. A atuação do profissional hoje é de consultor imobiliário e exige uma maior capacitação para atender aos mais diferentes perfis de clientes. Ele precisa, assim, se aprofundar no mercado de maneira a conhecer os empreendimentos e os cenários econômico, social e jurídico que o influenciam.
“Os corretores da FRI, possuem um diferencial para atuar neste meio tão competitivo. Eles passam por um curso de capacitação com duração de uma semana, com palestras dadas por profissionais especializados na área de produtos da empresa que abordam, dentre outros assuntos, técnicas de vendas, assuntos jurídicos, cenário do mercado imobiliário, noções de matemática financeira, marketing pessoal e excelência no atendimento ao cliente”, pontuou Francis Rocha.
Atualização, aliás, é palavra-chave nessa profissão. Cada pesquisa sobre valorização de bairros ou políticas públicas de incentivo ao crédito imobiliário que são publicadas, logo se transformam em ferramentas de trabalho. Os corretores analisam diversos dados para dar à empresa um feedback do mercado e, principalmente, das demandas dos compradores. Cada informação apurada é valiosa para alcançar o grande objetivo final: a satisfação do cliente, aliada ao sucesso de vendas.
Na hora de vender, é preciso ter conhecimento além das características do edifício. “As pessoas que procuram um empreendimento gostam de comparar os locais e, por isso, é necessário estar atento a todo o mercado imobiliário para conhecer as regiões e apresentar ao cliente as opções que mais o atendam”, conta Carlos Pedro Lima, corretor da Ecovila Empreendimentos.
Uma estratégia utilizada pelas empresas do ramo tem sido a integração dos setores com atribuições relacionadas à venda dos empreendimentos. Raphael D’Angelo, diretor da Ecovila Empreendimentos, explica que os corretores são profissionais muito flexíveis e o contato direto com o cliente exige o conhecimento de uma gama de informações. “Realizamos capacitações e reuniões periódicas com os corretores e todos os setores que compõem a venda: setor jurídico para entender os contratos; setor de contabilidade e setor fiscal, para aprender sobre multas e impostos; setor técnico, com engenheiro responsável pelo empreendimento, para explicar o projeto”, explica o diretor. Ele lembra ainda que o trabalho integrado é a melhor solução para o bom funcionamento da equipe.
De acordo com o gerente Comercial da Construtora Épura, Fabiano Martins, ter uma profissão que está em alta no mercado faz com que os corretores de imóveis estejam no centro de atenção das empresas e sejam peça-chave para as incorporadoras que, por sua vez, reconhecem o papel fundamental desse profissional. “Reconhecemos a importância do Corretor de Imóveis no processo de venda do incorporador, sendo assim buscamos sempre a valorização desse profissional, valorização essa que vem desde a sua remuneração até o incentivo parra o seu desenvolvimento profissional, pois ter um Corretor de Imóveis bem preparado como nosso parceiro é sinônimo de sucesso para os nossos empreendimentos”, afirmou.