*Artigo escrito por Alessandro Coutinho Ramos, pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão na UVV (Universidade de Vila Velha) e líder do Comitê Qualificado de Conteúdo de Inovação e Tecnologia do IBEF-ES.
No mundo corporativo, ao cultivar uma cultura inovadora, as organizações não apenas aumentam suas chances de sucesso, mas também criam um ambiente onde o ego e a vaidade têm menos oportunidades de prosperar.
Enquanto o ego pode levar a comportamentos competitivos e individualistas que prejudicam a colaboração e o trabalho em equipe, a vaidade frequentemente conduz indivíduos a se preocuparem mais com o status e a imagem do que com o seu desempenho profissional.
Essa preocupação excessiva com a percepção externa pode criar visão turva de si mesmo, e posteriormente manifestar comportamentos não autênticos. O resultado? Falta de honestidade, transparência e potencial quebra de confiança entre colegas e líderes.
Esse foco na superficialidade, promovido pela vaidade, pode desviar as pessoas de metas e da cultura da empresa, colocando em risco não apenas o bem-estar individual, mas também a saúde e o crescimento organizacional.
As decisões podem começar a ser baseadas em ganhos de curto prazo ou reconhecimento temporário, em vez de objetivos de longo prazo e duradouros.
Então, como lidar com esses desafios impostos pelo ego e pela vaidade no ambiente profissional? A resposta pode estar em praticar a humildade e a autoconsciência.
Estimular uma cultura inovadora quando a autenticidade seja valorizada e os indivíduos são incentivados a refletir sobre seus comportamentos, reconhecendo seus pontos fortes e áreas de melhoria. Isso não apenas ajuda a controlar o ego e a vaidade, mas também fortalece o espírito de equipe, a coesão e a colaboração.
Na dinâmica atual de trabalho e interações sociais, há um crescente reconhecimento da importância das conexões humanas verdadeiras. Isso é evidenciado pelas práticas relacionadas à lei da atração e à valorização da colaboração:
1. Visualização positiva das interações: muitas práticas de desenvolvimento pessoal e profissional enfatizam o poder da visualização. Ao visualizar situações positivas e produtivas, de certa forma, é como programar a mente para buscar e criar essas situações.
A lei da atração sugere que ao alinhar mentalmente e emocionalmente com o que se deseja, aumenta as chances de atrair situações e pessoas semelhantes à sua realidade.
2. Proatividade e abertura a novas conexões: a disposição em conhecer novas pessoas e explorar novas oportunidades é crucial. Mais do que esperar que as coisas aconteçam, é importante dar o primeiro passo, seja na participação de eventos, fazendo networking ou simplesmente ao estar aberto a novas ideias. A reciprocidade é um princípio fundamental da lei da atração: “o que você dá ao universo, você recebe de volta.”
Na era atual, promover uma cultura da inovação e colaboração pode ser um poderoso antídoto contra o ego e a vaidade em organizações e equipes.
Uma cultura inovadora incentiva os indivíduos a buscarem novos conhecimentos e a admitirem o que não sabem. Isso combate naturalmente o ego e faz com que as pessoas se sintam mais confortáveis ao admitir erros ou desconhecimento. Por outro lado, em um mundo interconectado e dependente da internet, a colaboração se tornou essencial.
Em um ambiente profissional, a colaboração não deve ser vista apenas como uma estratégia para alcançar objetivos, mas como parte de uma cultura inovadora, que valoriza cada contribuição individual, mas que também reconhece que é o esforço coletivo que conduz ao verdadeiro sucesso.