Cursos técnicos continuam sendo uma ótima opção para quem busca o rápido ingresso no mercado de trabalho. Levantamento realizado pelo Senai Espírito Santo mostra que seis em cada dez formados no ensino técnico da instituição estão empregados. Em áreas como metalmecânica, a taxa de empregabilidade chega a superar os 72% entre profissionais que concluíram cursos até o ano de 2017 e conseguiram ingressar no mercado de trabalho no ano de 2018.
“Esse é um reflexo do franco desenvolvimento da indústria, com o mercado necessitando cada vez mais de mão de obra qualificada. Podemos pegar como exemplo a área automotiva. No último ano, nós iniciamos o curso de Técnico em Manutenção Automotiva com 80 alunos e 64 deles já estão empregados”, apontou o diretor regional do Senai ES, Mateus de Freitas.
No curso de Desenvolvimento de Sistemas do Senai Vitória também têm aluno empregado. É o caso do Tiago Rodrigues. “O curso dura um ano e meio, mas já estou atuando como trainee em uma empresa da Grande Vitória. As perspectivas que tenho são de crescimento dentro da empresa a medida que vou chegando perto da conclusão do curso”, contou.
O levantamento chama atenção ainda para a alta taxa de satisfação, apontando que quem passa pelo Senai ES tem maior chance de ingressar no mercado: 96,1% das empresas capixabas têm preferência por egressos da instituição ao contratar novos profissionais. Além disso, 97,3% dos egressos indicariam os cursos técnicos do Senai.
Quando o assunto é salário, os números também são atrativos: o aluno egresso de um curso técnico do Senai pode ter um incremento na renda média mensal em até 27,1%.
Pesquisa: O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) divulgou recentemente a Pesquisa de Acompanhamento de Egressos, painel 2017-2019, um levantamento nacional realizado por meio de contato com ex-alunos para verificar, entre outras coisas, o número de egressos de cursos técnicos do Senai que estavam trabalhando um ano após a conclusão do curso.
Para essa pesquisa, também são realizados contatos com empresas e entrevistas com supervisores diretos dos profissionais técnicos formados pelo Senai, a fim de avaliar o nível de satisfação dos empregadores, além de medir o percentual de preferência por contratação de egressos da instituição.
O Painel 2017-2019, na primeira fase da pesquisa, 21.284 técnicos de nível médio; 7.434, na segunda; e 1.022, na terceira fase. Já o total de empresas entrevistadas foi de 1.022.
Diferenciais: Os cursos do Senai-ES também possuem características exclusivas que fazem total diferença na hora de entrar no mercado de trabalho. O curso Técnico de Edificações, por exemplo, aborda em seu conteúdo a metodologia BIM (Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção). Hoje em dia, já existe um forte incentivo e, em alguns casos, até a exigência por parte de governos, empresas e proprietários de obras que os projetos dos empreendimentos sejam entregues com base no conceito BIM.
Esta revolução da utilização do BIM nos empreendimentos está acontecendo principalmente pela percepção dos inúmeros ganhos como aumento da eficiência em todas as fases do empreendimento, redução do tempo de execução, maior qualidade da obra, menos desperdícios entre outras, além das exigências dos governos que a cada dia tem aderido mais à metodologia.
Outro curso do Senai-ES que tem um diferencial é o Técnico em Eletrotécnica, que oferece em seu conteúdo os processos de instalação, manutenção e elaboração de projetos contemplando o Sistema Elétrico de Potência (SEP), permitindo ao profissional recém-formado ingressar tanto em industrias (manutenção elétrica) quanto em concessionárias de energia.
Atualmente o Brasil é o segundo do mundo em produção de energia hidrelétrica, perdendo apenas para a China. Aliado a esta situação, a capacidade instalada de produção de energia vem crescendo muito desde 2002 (80,3GW), estimando-se atingir em 2025 a capacidade de 195,1GW. Outro fator importante é a diversificação da matriz energética, onde temos visto a crescente produção através da energia eólica e solar.
Todos esses fatores contribuem para tornar o sistema elétrico de potência um setor com oportunidades de novos empregos.