Maio 2021
16
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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Luan Sperandio
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porLuan Sperandio

Pontos positivos e negativos

Em especial, uma das principais ações do marco legal foi a criação de um regime especial de contratação para desenvolvimento de soluções inovadoras pela repartição pública. Além disso, há maior facilidade de participação das startups em licitações, facilitando a venda de seus serviços para entes da União, o que aumenta a competitividade e pode proporcionar ganhos de escala nesses segmentos. Vale lembrar que também haverá a possibilidade de desenvolver novas tecnologias com o intuito de solucionar problemas sociais e ambientais.

No âmbito tributário, uma medida positiva foi a adoção do regime do Simples Nacional sem algumas sujeições que as empresas mais tradicionais enfrentam. A organização em sociedades anônimas é um dos exemplos.

Por outro lado, o projeto deixou de contemplar alguns gargalos do setor. No início, a ideia era flexibilizar a compra de ações dessas empresas, o que foi retirado de todo o texto ao longo da tramitação do projeto. Outro ponto crucial que deveria avançar é a mudança na forma de tributação para investimentos em startups, pois hoje ele segue a mesma modalidade das aplicações em renda fixa, o que distorce a alocação de recursos para startups.

Mercado de venture capital bate recorde trimestral bilionário

De acordo com o relatório “Venture Pulse 1T 2021”, da consultoria KPMG, o Brasil recebeu cerca de US$ 2,1 bilhões em venture capital no primeiro trimestre de 2021. Esse resultado supera o recorde anterior em US$ 1 bilhão. O país fica atrás apenas dos Estados Unidos, com US$ 69 bilhões, e do Canadá, que obteve cerca de US$ 2,5 bilhões. Esses resultados podem ser atribuídos aos juros historicamente baixos no país, que tornam mais atrativo essa modalidade de investimentos, além da maior maturidade dessa indústria.

No Espírito Santo, a empresa líder neste segmento é a Apex Partners, que estruturará R$ 70 milhões de investimentos em venture capital e private equity apenas em 2021.

Com esses números, retomamos a um dos temas destacados em coluna anterior, com o governo do ES destinando um fundo de R$ 250 milhões para investir em empresas desse segmento, ao longo de dez anos. Vale a reflexão: com o mercado se desenvolvendo exponencialmente e naturalmente, há mesmo a necessidade do Estado despender recursos públicos com o objetivo de incentivar esse setor? Abordaremos a questão em maior profundidade nas próximas colunas.

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