Lula ataca Teto de Gastos. Entenda a importância da regra
Um dos grandes impasses das eleições de 2022 é a organização de uma terceira chapa que competirá contra o bolsonarismo e o petismo. Isso porque segundo as últimas pesquisas, o resultado mais provável de segundo turno das eleições consiste no confronto entre Jair Bolsonaro, atual presidente e sem partido, contra Lula ou qualquer outro que venha a se candidatar pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Assim, quem poderia fazer frente contra ambos no próximo ano?
Nesta semana, integrantes e líderes de sete partidos de centro-direita e esquerda se reuniram para buscar uma opção em relação ao cenário base de 2022. Nesse sentido, há um consenso no grupo: nenhum deles pretende se juntar a Lula ou Bolsonaro em 2022, pelo menos no primeiro turno. Por isso, o objetivo é atingir a “maioria silenciosa”, isto é, os outros 30% dos eleitores que rejeitam ambos os possíveis candidatos.
No contexto atual, existem seis grandes nomes que poderiam compor o “centro democrático”. São eles: o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM), o apresentador Luciano Huck, João Amoedo (Novo), Ciro Gomes (PDT), o juiz Sérgio Moro e o governador de São Paulo João Doria (PSDB). Nesse conjunto, Amoedo e Huck já estão oficialmente descartados e Moro já é considerado como inviável por grande parte dos especialistas e analistas políticos.
Assim, as opções se reduzem e, apesar da falta de coordenação na “terceira via”, há mais espaço para encontrar consensos em uma eventual chapa anti lulista e bolsonarista.
Mesmo com sobre de tempo até que a corrida eleitoral de fato comece, o cenário base indica que não haverá um centro democrático com força para bater as duas maiores correntes políticas do país. Além do difícil alinhamento de interesses, historicamente os brasileiros optam por dois polos opostos.
Desde a reeleição de FHC, sempre houve um conflito entre PSDB e PT e, posteriormente, entre Bolsonaro e PT, a fim de saber quem chegaria ao Planalto. Mas sempre as terceiras vias ficavam longe de ambos os polos nas votações. Em suma, os brasileiros têm preferência pelos extremos, e eles se atraem para o segundo turno.
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