Jan 2022
24
Luan Sperandio
DATA BUSINESS

porLuan Sperandio

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Luan Sperandio
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porLuan Sperandio

No que o ES pode melhorar?

DB: Poderia fazer uma análise sobre o desempenho do ES ao longo dos anos desde que o ranking de competitividade foi criado?

Analisando de um modo geral a performance do Espírito Santo no Ranking de Competitividade dos Estados, ele conseguiu se consolidar entre os melhores colocados do país. O Espírito Santo conseguiu manter a quinta colocação nos dois últimos anos, o que mostra que tem políticas públicas consistentes sendo feitas mesmo com todos os desafios sistêmicos já que é um estado pequeno.

DB: Sendo um estado pequeno, como o ES pode melhorar o potencial de mercado, em que hoje está na última colocação?

Os estados mais bem colocados hoje são Amazonas, Roraima, Mato Grosso e São Paulo.

Quando falamos de potencial de mercado, estamos avaliando o tamanho do mercado, a taxa de crescimento e o crescimento potencial da força de trabalho, ou seja, são questões que requerem uma mudança de longo prazo e que estão diretamente ligados com a performance geral do país.

Por outro lado, tem estados que mesmo em um cenário de recessão econômica, conseguem avançar em potencial de mercado. Isso mostra que o governo do estado pode ter um papel de protagonismo sendo indutor desse crescimento.

DB: Apesar de liderar o Ideb, o capital humano capixaba também está baixo, apenas na 17º colocação. O ES tende a perder capital humano mais qualificado para outros estados também. Quais as boas práticas que podem ser feitas para isso mudar?

Os principais destaques em capital humano são Distrito Federal, Rio de Janeiro, Amazonas e Amapá.

Temos no levantamento indicadores que devem ser foco de melhoria do estado, sobretudo a qualificação profissional e o ensino superior da população economicamente ativa (PEA), nos quais o estado ocupa posição mediana.

É preciso sobretudo realizar políticas públicas que tenham enfoque na qualificação profissional. Uma boa prática que merece ser destacada é o “Programa Pará Profissional”, que são cursos presenciais, de caráter teórico-prático, com o objetivo de apoiar as atividades dos setores industriais dos municípios paraenses. O estado conseguiu em um espaço de três anos ofertar educação profissional e tecnológica para diversas categorias, promovendo o desenvolvimento do estado.

DB: Na segurança pública o ES acabou melhorando muito nas últimas duas décadas, mas ainda está na 14º posição entre os entes federativos. Quais políticas públicas você sugere que podem ser feitas na área?

Olhando para a questão da segurança pública, dois indicadores prejudicam o desempenho do ES: segurança patrimonial e segurança pessoal, 23º e 17º colocados, respectivamente. Entre as políticas públicas que podem servir de referência, a Paraíba, por exemplo, com o programa Paraíba Unida pela paz, teve um avanço na redução do número de roubos e pode ser considerada uma referência de política pública para essa questão.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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