Artigo Ibef-ES

Desafios e perspectivas do ES na produção de café

O Espírito Santo é destaque na produção nacional de café. Conheça desafios, oportunidades e o futuro do produto no Brasil e no mundo

Produção de café conilon. Foto: Incaper/Divulgação
Produção de café conilon. Foto: Incaper/Divulgação

Artigo escrito por Luana Nandorf, gerente de Agência Sicredi, proprietária do Café Nandorf, membro do Comitê Qualificado de Conteúdo de Finanças de 2024 do IBEF-ES e presidente do IBEF Academy.

O Espírito Santo se destaca como um dos principais produtores de café do Brasil, sendo responsável por cerca de 25% da produção nacional.

Em 2022, o Estado colheu aproximadamente 12 milhões de sacas de café (pasme: o equivalente a 720 mil toneladas, que poderiam encher quase 300 piscinas olímpicas), consolidando-se como um verdadeiro gigante no setor.

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Além de sua contribuição significativa para a economia local, o café capixaba é reconhecido pela qualidade superior nas variedades arábica e conilon.

Café enfrenta volatividade de preços

O mercado cafeeiro enfrenta diversos desafios. A volatilidade dos preços internacionais, somada às mudanças climáticas, impacta diretamente a produção.

Eventos climáticos extremos, como secas e chuvas excessivas, podem afetar a qualidade e a quantidade da colheita, gerando incertezas para os produtores.

Além disso, a necessidade de investimentos em tecnologia e infraestrutura é constante, uma vez que muitos pequenos produtores ainda enfrentam dificuldades para acessar recursos que possam melhorar suas práticas agrícolas, inclusive de conhecimento.

Apesar desses desafios, as perspectivas para o mercado cafeeiro do Espírito Santo são promissoras.

Procura por cafés especiais aumenta

A crescente demanda por cafés especiais e sustentáveis abre novas oportunidades para os produtores.

O Estado já é um dos principais polos de cafés de qualidade no Brasil, e iniciativas de certificação e valorização de produtos locais têm ganhado força.

Para o futuro, é fundamental que os produtores se percebam cada vez mais dependentes de inovações e melhorias contínuas, explorando práticas agrícolas mais sustentáveis e investindo em capacitação, promovendo um ambiente favorável ao crescimento da cafeicultura no estado e no país.

Espírito Santo é símbolo de resiliência

Hoje, o Espírito Santo não é apenas um grande produtor de café, mas um símbolo de resiliência e inovação.

Com os desafios à frente, a união entre os produtores e a busca por qualidade serão essenciais para manter o estado como protagonista no cenário cafeeiro nacional e internacional.

Este texto expressa a opinião do autor e não traduz, necessariamente, a opinião do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo