Uma pesquisa elaborada pelo Datafolha mostra que 65% dos brasileiros acreditam que a economia do país ainda vau piorar. O total representa duas em cada três pessoas entrevistadas. O teor de pessimismo quebrou o recorde da série história iniciada em 1997.
O quantitativo de rejeição registrado no governo Bolsonaro superou o recorde até então visto durante o comando de Dilma Roussef, em março de 2015. Na época, 60% dos entrevistados faziam previsões de dias caóticos no que diz respeito à economia nacional.
Para efeito de comparação, no mês de dezembro do ano passado, a impressão negativa do setor econômico foi vista em 41% das pessoas consultadas. Após a vitória do presidente Jair Bolsonaro, o primeiro levantamento feito pelo Datafolha, em 2018, mostrava que 9% acreditavam na piora e 65% imaginavam uma melhoria nas contas públicas.
Porém, apenas 11% das pessoas acreditam que o setor econômico brasileiro vai apresentar uma melhora nos próximos meses. O número, em dezembro, era de 28%.
Dentre os cidadãos que acreditam na melhoria da economia, os maiores índices estão entre os estudantes (18%) e os empresários (17%). As regiões que mais apresentam pensamento positivo sobre o assunto são Norte e Centro-Oeste (14%).
A pesquisa também mostra que cerca de 17% das pessoas que dizem não temer o novo coronavírus, acreditam em um avanço nas contas públicas. O percentual se aproxima do quantitativo de pessoas que julgam o governo Bolsonaro sendo ótimo/bom (18%).
O levantamento do Datafolha foi realizado entre os dias 15 e 16 de março com 2.023 brasileiros em todo o país. A entrevistas foram feitas por telefone e de acordo com o instituto, a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Recortes da pesquisa
Ainda de acordo com a pesquisa, a falta de fé na economia é maior entre o público feminino. Para 71% das mulheres, a economia ainda vai piorar e entre os homens, 59% esperam dias piores para o setor.
A desconfiança com as contas públicas é mais forte na Região Sul, que lidera o ranking com 68%. Em seguida está Sudeste e Nordeste com 66% cada região e Centro-Oeste com 59%
Entre as pessoas desempregadas, 72% imaginam uma economia ainda mais complicada em um futuro próximo, a mesma impressão pode ser vista em 69% dos funcionários públicos.
Sobre a renda, 65% das pessoas que estão em famílias que recebem até dois salários mínimos mensais (R$ 2.200) acreditam que o cenário será pior, mesmo pensamento que 67% das pessoas que possuem renda acima de 10 salários (R$ 11 mil).
Para os beneficiários do auxílio emergencial, 67% deles veem a economia piorar, contra 65% das pessoas que não recebem o benefício.
* Com informações do Portal R7