Economia

Dono do Grupo Nacional é condenado a sete anos de prisão por fraude na previdência

A partir de denúncia movida pelo Ministério Público Federal no Espírito Santo, a Justiça determinou ainda o pagamento de multa de R$ 35,3 mil

Riva era dono do extinto grupo Nacional Foto: Divulgação

Dono do extinto Grupo Nacional, o empresário José Sydny Riva foi condenado a sete anos, sete meses e 11 dias de prisão, em regime fechado, pelos crimes de sonegação de contribuição previdenciária, falsa declaração às autoridades fazendárias, e por deixar de recolher contribuição previdenciária que foi descontada de terceiros. 

A partir de denúncia movida pelo Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES), a Justiça determinou ainda o pagamento de multa de R$ 35.360,00.

De acordo com o MPF/ES, os crimes aconteceram entre os anos de 2008 e 2010 no âmbito da empresa Finac (Faculdades Integradas Nacional Ltda). Riva teria deixado de recolher ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) contribuições previdenciárias descontadas dos salários de seus empregados. 

Além disso, o MPF/ES o denunciou por inserir declaração falsa na carteira de trabalho de um de seus funcionários, omitindo parte do valor do salário para reduzir o valor pago a título de contribuição previdenciária. 

Ele também teria deixado de recolher à Receita Federal os valores descontados, a título de imposto de renda retido na fonte, da remuneração de pessoas físicas e jurídicas que prestaram serviços ao então Colégio Nacional.

Os três filhos do empresário, Bianca Batista Riva, Bruno Batista Riva e Brenda Batista Riva – foram denunciados pelo MPF/ES pelas mesmas práticas adotadas pelo pai, uma vez que também atuavam na administração da Faculdade. Segundo o MPF, Bianca e Brenda, inclusive, eram oficialmente sócias da Finac.

No caso de Bianca, o juiz federal determinou o desmembramento do processo, porque ela não foi localizada. A notícia é de que ela está residindo nos Estados Unidos. Já Bruno e Brenda foram absolvidos da acusação, já que a Justiça considerou que eles não possuíam ingerência sobre os fatos denunciados. 

Apelação

Apesar da condenação, o MPF/ES apelou da decisão e pediu o aumento da pena de Sydny Riva, considerando seus antecedentes. Na fixação da pena, a Justiça considerou as 34 ocorrências e dez condenações transitadas em julgado que pesam contra o empresário.