Economia

Doutor em Economia defende reforma tributária: "É a mais importante desde o Plano Real"

Samuel Pessôa foi um dos convidados do Encontro Ibef-ES, que acontece em Vitória nesta terça-feira (12) e debate desafios e oportunidades para a economia

Foto: Vitor Machado

Com o tema Reforma Tributária: Desafios e Oportunidades, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo realizou nesta terça-feira (12), em Vitória, o Encontro Ibef-ES, reunindo mais de 200 pessoas, entre empresários e lideranças políticas. Uma reforma que, segundo o doutor em Economia Samuel Pessôa, pode ser resumido numa única frase: “É a mais importante desde o Plano Real”.

Entre as autoridades presentes estavam o governador Renato Casagrande, o prefeito de Vitória Lorenzo Pazolini, o presidente da Fecomércio Idalberto Moro e o economista Samuel Pessôa.

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A diretora executiva do Ibef-ES e CEO do Acelera Mulheres, Ana Paula França, abriu o evento apresentando os programas estruturados da entidade, além de destacar a importância do evento, realizado anualmente pelo Ibef-ES.

O governador Renato Casagrande deu as boas-vindas aos participantes e reafirmou os compromissos com a eficiência da máquina pública.

“Nossa reafirmação é com os compromissos para eficiência da máquina pública. O Estado é reconhecido pela qualidade de prestação de serviços e nosso objetivo e nos mantermos neste posto e seguimos com nota A em gestão fiscal. Ter uma boa gestão é fundamental para ter bons resultados. O Ibef contribui com o desenvolvimento do ES com sua atuação em diversas frentes”.

Para o primeiro painel, intitulado “ES em foco: “Desafios para o setor público no Espírito Santo”, foram chamados ao palco Ricardo Ferraço, vice-governador do Estado, e Benicio Costa, secretário de Estado da Fazenda.

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Benício apresentou como ficará a tributação no país com a reforma tributária. Em resumo, ele explicou que a sistemática é a transformação dos impostos: ICMS e IS viram IBS. Cofins e Pis viram CBS, e IPI vira IS. 

“Com a simplificação vem a redução da sonegação. Temos os riscos da reforma, como fim dos incentivos fiscais, cobrança no destino, amplitude do creditamento, por exemplo”, avaliou.

Ferraço destacou que a reforma será aprovada pelo Senado e que o Espírito Santo tem muitos desafios. 

“O Estado construiu uma trajetória entre 2022 e 2023 e por muitos anos temos nota A no tesouro nacional. Temos instrumentos fiscais e soubemos aproveitar, por isso temos essa nota A por tantos anos. Temos algumas preocupações e estamos debatendo com nossos representantes no Senado”.

O segundo painel, cujo tema foi “Reforma Tributária, um marco histórico brasileiro”, contou com a mediação do sócio da Valor Investimentos e diretor de Conteúdo Técnico do Ibef-ES, Thiago Goulart, e com o painelista Samuel Pessôa, doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP).

Foto: Vitor Machado

Thiago Goulart e Samuel Pessôa participaram de painel

De acordo com Samuel Pessôa, quando questionado sobre como ele enxerga os players de mercado em relação a essa reforma, ele entende que há vários pontos de vista. 

“A aprovação faz parte de um pacote de notícias do primeiro semestre. Em relação à modernização de questões econômicas, temos feitos reformas. Sou entusiasta desta reforma. Essa é a reforma mais importante que temos desde o Plano Real”, avalia.