Segundo estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), a economia criativa cresce mais de 16% no Estado e produz quase o dobro que o setor agropecuário.
Até junho deste ano, quase 144 mil capixabas estavam trabalhando nas áreas mais criativas do Estado. Esse foi um dos indicativos descobertos pelo Instituto no primeiro boletim da economia criativa no Espírito Santo. De acordo com a diretora presidente o IJSN, Andrezza Rosalém Vieira, o setor que mais atrai jovens se destacou na gastronomia e na tecnologia da informação.
“Alguns setores da economia criativa são altamente impulsionados pela crise. São setores que são basicamente de microempreendedores, pequenos negócios, então muitas vezes, a pessoa que perde o emprego formal de carteira assinada acaba buscando uma alternativa muitas vezes em setores como artesanato e gastronomia”.
A economia criativa representa 6% da produção capixaba, quase o dobro do setor agropecuário. No segundo semestre do ano, cresceu mais de 16%. Na contramão da crise e acima da média nacional. R$ 240 milhões compõem a massa salarial de quem trabalha nessa área. Mas, junto com a criatividade, Andrezza Vieira afirma que cresceu também a informalidade.
“A gente acredita que precisamos de uma formulação do Estado que vai incentivar alguns setores que são importantes para a gente, como por exemplo, gastronomia, festas e celebrações, artesanato, é um pouco neste sentido que vai a produção da informação para gente poder fazer um plano setorial específico para o nosso Estado”.
O Espírito Santo está em sexto lugar no ranking dos Estados com maior participação na economia criativa. Para melhorar e acompanhar esse índice, o IJSN diz que vai continuar estudando trimestralmente os números indicados por esse setor que está surpreendendo a economia capixaba.
“Chamou a atenção o tamanho dessa economia, a gente tinha ideia que seriam setores importantes como a gastronomia, artesanato, designer, mas quando conseguimos consolidar as informações, percebemos que a economia criativa, na verdade, ela tem quase o dobro em termos de volume e produção do que um setor que é altamente relevante para o nosso Estado que é a agricultura”.