
O avanço da pandemia do novo coronavírus e de suas consequências na economia brasileira, trouxe para os shoppings centers um prejuízo de cerca de R$ 16 bilhões em 30 dias em todo o país. O diagnóstico é do presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), Nabil Sahyon.
Com o relaxamento das medidas de isolamento social, as expectativas do setor mudaram. Após a reabertura de 43 shopping centers em 19 cidades do país, Sahyon estima que o movimento nesses estabelecimentos deve girar em torno de 20% a 30% daquele registrado antes da pandemia.
Segundo ele, a tendência é que a volta aos shoppings seja gradual. “A reabertura é importante para que a atividade volte a funcionar. Temos a intenção de segurar os empregos”, afirma. “É importante que essa flexibilização priorize os shoppings centers, já que são atividades que geram empregos em mais 60 segmentos”, comenta.
Em São Paulo, onde o governo do estado ainda não deu detalhes de como será realizada a quarentena flexibilizada, mas prevê a reabertura econômica para o dia 11 de maio, Sahyon diz que espera ver o setor de volta ao funcionamento dia 30 de abril. “Queremos voltar para trabalhar o Dia das Mães, considerada a segunda melhor data do varejo, já que outros estados já estão abrindo.”
O presidente da associação não prever um “retorno eufórico” às atividades. “Será uma situação mais controlada para que, depois, com investimento das empresas com liquidações e promoções, ocorra uma progressão natural de uma volta ao comércio. Deve demorar de 30, 60 a 90 dias.”
Sahyon compara o movimento de reabetura nos shoppings centers à movimentação que ocorre nos supermercados, em funcionamento por ser atividade essencial. “Vai ter uma segurança absoluta com controle de máscaras, de álcool gel e dentro dos protocolos do Ministério da Saúde”, diz. “Vamos ter um controle de entrada de pessoas para evitar um número maior do que o recomendado. Os protocolos já estão prontos”, completa.
Desemprego
O presidente da Alshop explica que cerca de 70% das lojas de shoppings são de pequenos empresários. Com isso, segundo ele, “algumas empresas tiveram que demitir”. “Por outro lado, muitas empresas aguardaram orientações”, diz.
Além da reabertura dos shoppings, Sahyon afirma que o setor pede aos governos estaduais uma postergação do pagamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para, segundo ele, pagar funcionários. “Ainda não temos uma referência de modelo de funcionamento porque estamos no início da reabertura, mas estamos acompanhando o desempenho, as regras de vigilância de saúde”, finaliza.
*Com informações do Portal R7!