O Ministério do Turismo divulgou uma pesquisa da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) que informa o crescimento do turismo corporativo no Brasil durante o primeiro semestre de 2019. De acordo com os dados, as viagens a negócio no país cresceram 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Conversamos com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Espírito Santo (ABIH-ES), Gustavo Guimarães, e com Fernando Otávio, membro do Conselho Municipal de Turismo, para entender quais medidas precisariam ser tomadas em Guarapari, para que o município fosse impactado por esses dados.
Gustavo esclareceu que Guarapari não possui potencial para atrair o turismo corporativo, justamente por causa da falta de um parque empresarial de maior porte. Segundo o empresário, isso poderia ser feito por meio da instalação de empresas e até um centro de distribuição no município. “O município nunca teve força no turismo de negócios. Inclusive é uma necessidade que nós temos. Guarapari precisa passar por um desenvolvimento econômico”, argumentou.
De acordo com Gustavo, o turismo corporativo é importante para diminuir o índice de sazonalidade em Guarapari. “Na época em que o turismo de lazer, com as praias, é mais fraco até mesmo por causa do clima mais ameno, o turismo de negócios promoveria uma maior circulação de pessoas na cidade, que teriam gastos com alimentação, hotelaria entre outros”, explicou.
Já Fernando Otávio, enfatiza que o município precisa enxergar o turismo corporativo como uma oportunidade de negócios. Segundo ele, a cidade ainda não possui estrutura para o desenvolvimento do setor. “Guarapari precisa de um centro de convenções público, porque esse setor requer um ponto de discussão e de reuniões”, destaca. Para Fernando, o retorno da Samarco é uma das possibilidades para o desenvolvimento do turismo corporativo na Cidade Saúde. “Esse tipo de turismo é fundamental para vender o município, pois a pessoa que vem a negócios vai voltar para o turismo de lazer”, concluiu.
Texto: Sara de Oliveira