Para enfrentar a pandemia, empresas que não estavam conseguindo manter-se abertas mudaram o jogo e ajudam no enfrentamento da covid-19. Elas se reinventaram, mudaram as linhas de produção e, agora, estão oferecendo o que a população precisa, como máscaras de proteção e álcool gel.
Um exemplo é uma gigante de confecções localizada em Colatina. A empresa estaria parada, caso não tivesse decidido alterar a linha de produção. Ao invés das 800 mil peças de roupas por ano, a fábrica passou a produzir máscaras.
A indústria também doou tecido para que internos dos presídios costurem mais protetores. E para completar as ações generosas, contratou mais de 100 pessoas que haviam perdido os empregos por causa do novo coronavírus. “As pessoas precisam de trabalho, de esperança e se manter financeiramente”, disse o empresário Paulo Vieira, em uma entrevista virtual.
Já uma empresa especializada em materiais para serralheria acrescentou um brinde para os clientes. Durante as entregas, estão sendo disponibilizados frascos de álcool gel. Já foram entregues 1.500 mil unidades para serralheiros de todo o Espírito Santo. “Eles não podem parar, mas é importante que se protejam e se cuidem nesse momento”, explicou Lucas Reis, gerente do local.
Outro exemplo é uma fábrica de roupas de Guarapari, onde a produção outono-inverno parou. Porém, das máquinas agora saem máscaras de tecido, que são trocadas por alimentos que são destinados para doação. “Com o tempo ‘ocioso’, de firma voluntária, já produzimos mais de duas mil máscaras até o momento”, relatou a empresária Maira Houri.
Uma indústria de cosméticos também mudou o foco. No lugar da linha de tratamento para cabelos, está produzindo álcool gel. Parte dessa produção é vendida e a outra é doada. Assim, uma tonelada desse produto já foi entregue em hospitais do Espírito Santo e de Minas Gerais. “Estamos doando para ajudar na proteção dos profissionais de saúde, que estão na linha de frente no combate à doença. Isso é o mínimo que podemos fazer”, disse a assessora de marketing Larissa Bauer Gomes Coutinho.
Outros 500 mil quilos também têm destino certo: abrigos e iniciativas como a do servidor público Thiago Silveira, que criou um projeto para doar cestas básicas e kits de higiene pessoal a comunidades carentes. “Temos distribuído alimentos e vimos a necessidade de entregar itens de higiene pessoal também. Buscamos parceiros para nos ajudar, vamos entregar álcool e máscaras, e ensinar como usar”
Com informações de Andressa Missio, da TV Vitória/RecordTV!