A liberação da primeira parcela do 13º salário começa a acontecer com a aproximação do final do ano e a quantia pode ser um alívio para endividados, mas também um oportunidade de utilizá-lo de alguma forma que beneficie ainda mais a vida financeira do trabalhador.
Os professores e Ciências Contábeis, Paulo César Pereira da Silva, do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), e Wagner Pagliato, da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), dão algumas dicas para o melhor aproveitamento dessa grana extra. Confira:
Quitação
A principal orientação é quitação de dívidas. Para os especialistas, o trabalhador que estiver com dívidas pendentes, deve colocá-las como prioridade para esse dinheiro. “O benefício está sempre em negociar, porque não existe investimento que supere os juros, principalmente se for de cartão de crédito ou cheque especial”, explica o professor Wagner Pagliato.
Uma boa dica é optar por uma entrada maior na renegociação, para que as parcelas tenham pouco impacto sobre o orçamento.
Investimento
Para aquele trabalhador que conseguiu se livrar das dívidas pendentes ao longo do ano, investir é uma ótima forma de fazer esse dinheiro extra render. O primeiro passo é estudar os melhores rendimentos de acordo com o perfil do investidor. Há diversas opções como: tesouro direto, CDI, LCA ou até mesmo a bolsa de valores.
Tudo depende das necessidades de cada um pois a Bolsa e o Tesouro Direto são opções de longo prazo, com rentabilidade a partir de três a quatro anos. Outra ótima dica é não investir em uma única modalidade, mas diversificar.
Entretanto, os especialistas apontam que apesar de muito popular, uma opção que pode não ser muito boa é a poupança. Além de possuir o menor rendimento do mercado, a caderneta tem pouco ganho real em relação à inflação, o que significa perda de poder de compra depois de um tempo. “A poupança é ideal para quem deseja usufruir do dinheiro a curto prazo, pois ela permite resgate imediato e sem custo”, afirma o professor Paulo Cesar.
Vale destacar que a forma como você utiliza seu 13° salário, vai depender da situação financeira de cada trabalhador, mas para quem não conseguiu se planejar financeiramente em 2019, a dica é dar um ponta pé inicial para uma melhor organização em 2020, através desse benefício.
Atenção!
Os especialistas afirmam que o Imposto de Renda sempre deve ser considerado na hora de avaliar as opções sobre o que fazer com o 13°. Para quem quer aproveitar os benefícios fiscais, aderir aos planos de previdência privada, como o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL).
“No PGBL, a dedução somente poderá ser feita no modelo completo de declaração. O programa da Receita calcula o limite de 12% sobre a renda tributável. Desta forma, aumenta o valor da restituição ou reduz o imposto a se pagar na declaração”, explica o professor Wagner Pagliato.